Peritos vão analisar imagens de acidente

Piloto de 33 anos morreu durante apresentação de acrobacias aéreas
 
Zero Hora

O acidente com um avião da Esquadrilha da Fumaça, durante uma apresentação em Lages, na sexta-feira, que resultou na morte do capitão Anderson Amaro Fernandes, 33 anos, começou a ser investigado. Ainda na noite da tragédia, peritos do Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa), órgão ligado à Força Aérea Brasileira (FAB), foram à cidade catarinense.

Os primeiros levantamentos foram feitos logo após o acidente pelos próprios membros da Esquadrilha. Em um caixão lacrado, os restos mortais de Anderson foram levados para Pirassununga (SP), sede do grupo, por um avião da Base Aérea de Canoas, à 1h30min de sábado. Na madrugada de sábado, os peritos fizeram medições, fotografias e filmagens do local, dos destroços e de detalhes que possam ajudar a apontar causas do acidente.

Como os aviões não têm caixa preta, será fundamental ouvir os outros seis pilotos que participavam da apresentação para saber se Anderson fez algum comentário por rádio. Imagens cedidas por pessoas que acompanhavam o show também serão analisadas.

– As investigações não terão o objetivo de apontar um culpado, mas saber qual foi o problema e trabalhar para evitar novos acidentes. Tudo pode ter acontecido, desde um problema mecânico a um problema clínico no piloto – afirmou o major Henrique Rubens Balta de Oliveira, do Cenipa.
 
O órgão tem um prazo de 30 dias para emitir um relatório inicial, mas todo o processo de investigação pode levar até um ano para ser concluído. A Esquadrilha está com as atividades temporariamente suspensas.

– Será doloroso ver que está faltando um avião. Perdemos um amigo, mas vamos nos recuperar, e a Esquadrilha da Fumaça voltará o quanto antes – disse o comandante-líder, tenente-coronel José Aguinaldo de Moura.

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