Aviões franceses destroem quatro veículos das tropas de Gaddafi

UOL Notícias

Quatro veículos militares das forças do ditador líbio Muammar Gaddafi foram destruídos por aviões franceses em Benghazi, onde a França em conjunto com outro países iniciou, neste sábado, uma intervenção para conter a onda de violência do ditador contra os rebeldes. As informações são da rede "Al Jazeera".

A ação dos caças franceses aconteceu poucas horas depois do anúncio oficial do início da intervenção, que conta com a participação de países como Bélgica, Holanda, Dinamarca, Noruega, Qatar e Canadá, que anunciou o envio de sete aviões de combate para a operação.

Segundo o Ministério da Defesa francês, cerca de 20 aviões estavam envolvidos na intervenção anunciada hoje pelo presidente francês Nicolas Sarkozy, para cumprir a resolução do Conselho de Segurança da ONU, que autoriza o recurso à força militar contra o regime de Muamar Gaddafi.

A operação começou por volta das 11h (7h de Brasília) com a decolagem de quatro caças Rafale da base francesa de Saint Diziers. Às 15h (11h) se somaram outros aviões de combate Mirage com o objetivo de "atacar alvos militares" caso fosse constatado que as forças de Gaddafi atuavam contra a população civil.

“Os riscos de atacar não são maiores que os riscos de não fazer nada”, disse o premiê britânico David Cameron ao justificar a decisão de intervir com forças militares no país africano. Para Cameron, Gaddafi "mentiu para a comunidade internacional". "Ele prometeu um cessar-fogo e quebrou o próprio acordo", disse o premiê.


O presidente americano, Barack Obama, disse neste sábado durante visita ao Brasil, que os Estados Unidos e seus parceiros de coalizão estão "preparados para agir" na Líbia caso não haja uma interrupção imediata da violência contra civis no país.


"O nosso consenso foi forte e nossa determinação é clara. O povo da Líbia deve ser protegido, e na ausência de um fim imediato da violência contra civis, nossa coligação está preparada para agir, e agir com a urgência”, disse Obama.

Depois de afirmar que o dirigente líbio continua "desafiando o mundo", pois os "ataques contra civis continuam", a chefe da diplomacia americana sustentou que "um maior atraso colocaria mais civis em risco".

Na última quinta-feira, a ONU adotou a resolução 1.973, que instaura uma zona de exclusão aéra na Líbia para proteger os civis de bombardeios e autoriza os Estados membros a tomarem "todas as medidas necessárias" para proteger os civis dos ataques, excluindo a possibilidade de envio de forças de ocupação estrangeiras. 

 
Forças de Gaddafi desrespeitam cessar-fogo e bombardeiam Benghazi


A ação da comunidade internacional em Benghazi acontece no mesmo dia em que as forças fieis a Gaddafi bombardearam, de maneira intensa, a cidade, a segunda maior cidade do país e o principal reduto dos opositores do regime.

As forças leais a Gaddafi entraram em alguns bairros da periferia do oeste de Benghazi. Testemunhas citadas pela "Al Jazira" asseguram que, no começo da manhã já eram ouvidas explosões e aviões de combate eram vistos em vários pontos da cidade.


O correspondente da rede catariana também confirmou ter ouvido essas detonações e que um avião pode ter sido derrubado durante o ataque.


A "Al Jazira" assegura que a cidade de Misrata, a terceira maior do país e próxima a Trípoli, também sofreu bombardeios das forças de Gaddafi neste sábado, assim como Ajdabiya, no oeste e muito próxima a Benghazi.


O governo líbio acusou os rebeldes de terem violado o cessar-fogo que decretou de forma unilateral na sexta-feira. Um porta-voz governamental desmentiu as informações sobre os ataques à "Al Jazira", afirmando que o Exército leal a Gaddafi não lançou nenhuma ofensiva sobre Benghazi.

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