Embaixador pede retirada de missão no Haiti responsável e gradual

DA AGÊNCIA BRASIL

Estudioso da área de defesa e segurança, o novo embaixador do Brasil no Haiti, José Luiz Machado e Costa, defendeu a retirada "gradual e responsável" das tropas estrangeiras que atuam no país em missão de paz.

Autor da tese Balanço Estratégico na América do Sul e o Papel do Brasil na Construção de uma Visão Sul-Americana de Defesa, o diplomata ressaltou que a função de uma missão de paz é temporária e não permanente.

"A redução do número de homens no Haiti será gradual e responsável, seguindo o cronograma definido pela ONU com o governo haitiano [do presidente Michel Martelly]. Uma missão de paz é por um tempo definido, não pode se eternizar", disse Machado e Costa.

Desde 2006, a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti), formada por tropas do Brasil e de vários países, está no território haitiano. Este ano, porém, a ONU determinou a saída da missão.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, também é favorável à medida. Para ele, a missão cumpriu seu dever de conter as gangues que atuavam no país.

O presidente do Haiti, Michel Martelly, que assumiu este ano o poder, avisou que entre suas prioridades está a recriação das Forças Armadas e o fortalecimento da Polícia Nacional.

Com elevado índice de desemprego, uma economia frágil e carências em vários setores, o Haiti sofre com a ação de grupos criminosos, principalmente na capital, Porto Príncipe.

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