Cavalos do Exército disputam a Copa do Mundo de Pentatlo Moderno

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Eles treinam saltos de manhã, fazem avaliação física na esteira, à tarde, e têm uma alimentação muito equilibrada, com direito a cenoura de brinde. Para os 130 “cavalos atletas” da Escola de Equitação do Exército, o motivo de tanto esforço está em vencer os obstáculos, hoje e amanhã, quando 23 deles participam da Copa do Mundo de Pentatlo Moderno, em Deodoro.

A competição, que começou no dia 15, no Círculo da Vila Militar, acaba amanhã, com o segundo dia de provas de hipismo. Os cavalos terão 12 obstáculos pela frente, com 15 saltos distribuídos pelo Parque Equestre General Eloy Menezes.

- O Exército apoia a copa. E cedeu os cavalos à Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno.

Diferentemente das outras modalidades eqüestres, no pentatlo o cavalo é sorteado para o atleta cerca de meia hora antes da prova - avisa o capitão Alex Titan, instrutor de equitação.

Entre os competidores estão Lanus e Lamaro, ambos de 6 anos, além de Cinderela, uma debutante de 15. Todos são da raça Brasileiro de Hipismo (BH) e têm o sobrenome “do Rincão” (o primeiro nome do lugar onde nasceram, no Exército).

O temperamento do Lanus e da Cinderela é calmo. O do Lamaro é arisco. Quando o cavalo é mais arisco, não se usa a espora e nem o chicote - diz o capitão Claudio Thompson, instrutor de salto e diretor da prova na Copa.

Segundo ele, apenas os cavalos atletas da copa passaram a ter a rotina mais intensificada, há um mês.

Uma vida quase humana

Os 23 atletas da Escola de Equitação do Exército, que foram selecionados para a Copa do Mundo de Pentatlo Moderno, diferentemente dos demais cavalos, passaram a treinar saltos, no nível 1.10 metro, duas vezes por semana. E os exercícios de flexionamento aumentaram para três.

Fora isso, a rotina continuou a mesma dos colegas de baia, com direito a despertar bem cedinho, às 5h, para o café da manhã (2,5 quilos de ração para cada um). Às 7h30m, eles deixam os aposentos para limpar a serragem do corpo, porque dormem deitados uns 20 minutos - e não mais, devido às dores no pulmão provocadas pelo peso. E, às 9h, começa o cronograma semanal, que engloba o treinamento de salto.

O treino acaba às 10h, quando todos seguem para a ducha porque voltam suados do trabalho (de exercícios). A rotina de um cavalo atleta é semelhante a de um ser humano no ritmo de treinamento, na alimentação, e no acompanhamento médico — exemplifica o capitão Alex Titan.

E a alimentação regrada, composta por ração e feno, só abre exceção para agrados como cenoura e torrões de açúcar, que eles adoram. Todos ainda passam por avaliação do condicionamento físico no Laboratório de Avaliação de Desenvolvimento de Equinos, onde até andam sobre uma esteira para fazer os exames de rotina.

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