Obama diz que enviará 275 militares ao Iraque para proteger embaixada

Contigente será enviado para proteger funcionários e cidadãos americanos.
Forças permanecerão no Iraque até que não sejam mais necessárias.


Do G1, em São Paulo

O presidente dos Estados Unidos Barack Obama anunciou nesta segunda-feira (16) o envio de 275 militares americanos para proteger a embaixada do país em Bagdá e os cidadãos americanos na capital iraquiana.

Um contingente de "275 militares será enviado ao Iraque para reforçar a segurança dos funcionários americanos e da embaixada dos Estados Unidos em Bagdá", disse Obama em mensagem enviada aos líderes do Congresso.

"Essas forças permanecerão no Iraque até que a situação da segurança fique de tal modo que elas não sejam mais necessárias", disse o presidente.

Militantes do Estado Islâmico do Iraque e Liberdade (EIIL) derrotaram o exército de Bagdá e tomaram conta de algumas cidades do norte do país na semana passada, ameaçando desmembrar o Iraque e desencadear uma guerra sectária. Eles avançam em direção a Bagdá e Washington analisa o uso de aviões sem piloto (drones) contra os "jihadistas".

Neste final de semana, as forças de segurança iraquianas mataram 279 "terroristas" em apenas 24 horas, enquanto prosseguem com os preparativos para uma vasta ofensiva contra os jihadistas.

Os primeiros militares partiram no domingo "com a missão de proteger os cidadãos e as propriedades americanas, e estão equipados, se necessário, para entrar em combate", escreveu o presidente. "Esta força permanecerá no Iraque enquanto persistir a situação de insegurança".

A Casa Branca assinalou que a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá permanece aberta, com a maior parte do pessoal trabalhando normalmente. Obama disse que estava notificando o Congresso sob a Resolução dos Poderes de Guerra.

O envio de tropas americanas ao Iraque tem o aval do governo do primeiro-ministro Nuri al Maliki.

Conversa com Irã

Segundo a agência Reuters, os Estados Unidos e o Irã conversaram sobre o Iraque brevemente nesta segunda. De acordo com a agência, a autoridade disse que tais negociações não incluem uma coordenação militar e não faria "determinações estratégicas" sobre a cabeça dos iraquianos.

"Esses compromissos não incluem a coordenação militar ou determinações estratégicas sobre o futuro do Iraque sobre as cabeças do povo iraquiano", disse um alto funcionário do Departamento de Estado dos EUA. "Vamos discutir como ISIL ameaça muitos países da região, incluindo o Irã, e a necessidade de apoiar a inclusão no Iraque e abster-se de pressionar por uma agenda sectária".

A ONU anunciou nesta segunda a retirada de 58 funcionários em Bagdá "como medida de precaução". A equipe será reinstalada em outros locais do Iraque.


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