Síria: 'Tudo o que tinha de ser eliminado foi', garante vice-chanceler russo

Diplomata reiterou o fim do desarmamento químico na Síria e disse que ataques com gás cloro não têm relação direta com esse processo.


RIA Nóvosti

Em entrevista à agência de notícias Ria Nóvosti, o, vice-chanceler russo Guennádi Gatilov confirmou o fim do processo de desarmamento químico na Síria. “Consideramos que tudo o que tinha de ser eliminado foi. O programa e os objetivos foram alcançados, não ficou por resolver nenhuma questão importante”, disse.


Síria: “Tudo o que tinha de ser eliminado foi”, garante vice-chanceler russo
Por intermédio da Rússia, governo síria concordou em eliminar por completo arsenal tóxico Foto: AFP/East News

Em um relatório divulgado em janeiro passado, especialistas em armas químicas da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) concluíram que gás cloro foi usado contra três aldeias sírias em 2014. Os ataques deixaram 13 mortos, e mais de 350 feridos.

Segundo Gatilov, os EUA aproveitam “de todas as maneiras possíveis” os dados sobre o uso de gás cloro na Síria para continuar pressionando o governo de Damasco. “O problema do cloro não tem a ver diretamente com o desarmamento do país.”

Em dezembro de 2014, o governo sírio informou à Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) que militantes do Estado Islâmico haviam se apoderado de instalações industriais onde estavam armazenadas substâncias contendo cloro.

Rússia e EUA

Em setembro de 2013, a Síria, por intermédio da Rússia, concordou em assinar a Convenção Internacional sobre a Proibição do Desenvolvimento, Produção, Estocagem e Uso de Armas Químicas e eliminar por completo o seu arsenal tóxico.

A decisão foi forçada também pelas ameaças dos EUA, que responsabilizavam Damasco pelo uso de armas de destruição maciça em agosto daquele ano.

Durante o processo de desarmamento químico, as autoridades sírias avisaram que 8% das armas se encontravam em zona de operações militares, o que poderia dificultar o cumprimento dos prazos fixados.

Os representantes da OPAQ reconheceram que qualquer eventual atraso não seria encarado como sabotagem síria.

Em junho de 2014, foi anunciado que a última parte dos arsenais químicos havia sido retirada da Síria e eliminada. O laboratório a bordo do navio americano Cape Ray ficou responsável por neutralizar os produtos tóxicos pelos quatro meses seguintes.


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