Damasco: Operação terrestre na Síria sem consenso do governo é ‘agressão’

O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem, disse neste sábado (6) que qualquer operação terrestre na Síria sem a aprovação de Damasco é um "ato de agressão".


Sputnik

Na quinta-feira (4), o Ministério da Defesa da Arábia Saudita anunciou estar preparado para implantar tropas terrestres para a Síria para combater ao Daesh. Na sexta-feira, a Casa Branca saudou a decisão de Riad.

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"Qualquer intervenção na terra síria sem o consenso do governo sírio é um ato de agressão… lamentamos que aqueles [que invadem] venham a regressar aos seus países em caixões," citou a Reuters o ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem.

O chanceler sírio também disse durante uma conferência de imprensa em Damasco que a delegação da oposição síria formada por Riad suspendeu as negociações de paz de Genebra após avanços do exército sírio:

"A delegação da oposição decidiu abandonar o diálogo depois de ouvir sobre os avanços feitos pelo exército sírio".

O grupo de oposição apoiado pela Arábia Saudita saiu das negociações em Genebra na quarta-feira (3), após o que o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, anunciou que as negociações sírias seriam suspensas por três semanas.

As autoridades sírias pediram às Nações Unidas para apresentar uma lista de pessoas que irão representar a oposição nas negociações de Genebra.

"Exigimos ao enviado especial da ONU para a Síria para nos dar a lista de pessoas com quem vamos negociar, uma vez que não temos a intenção de falar com fantasmas".

Walid Muallem disse também que o cessar-fogo na Síria não pode ser alcançado até as fronteiras do país com a Turquia e Jordânia serem tomadas sob controle.


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