Curdos sírios ajudarão russos a parar compra de petróleo clandestino pela Turquia

Os curdos sírios pretendem desenvolver uma parceria abrangente com Moscou.


Sputnik


Esta colaboração incluirá, entre outros aspectos, a prevenção de fluxos ilegais de petróleo à Turquia, disse nesta quarta-feira (10) o presidente da recém-aberta representação do Curdistão Ocidental (autodeterminação dos curdos sírios) em Moscou. 


Caminhões do petróleo, que, segundo o Ministério de Defesa da Rússia, estão sendo utilizados por militantes do Daesh, são atingidos por ataques aéreos realizados pela Força Aérea da Rússia, em um local desconhecido na Síria, nesta imagem tomada de um vídeo divulgado pela pasta de Defesa da Rússia em 18 de novembro
 Caminhões tanque do EI atacados pela aviação russa © REUTERS/ Russian Defence Ministry

“Continuaremos cooperando com a Rússia sobre todos os assuntos, inclusive sobre o problema de fornecimentos ilegais de petróleo à Turquia”, disse Rodi Asman a jornalistas.

Ele acrescentou que a colaboração com as empresas petrolíferas russas ainda não está na agenda.

Moscou acusou várias vezes a Turquia de compra de petróleo clandestino vendido por grupos terroristas na Síria e no Iraque, inclusive o petróleo contrabandeado pelo Daesh.

O grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e reconhecido como terrorista pelo Brasil) autoproclamou-se "califado mundial" em 29 de junho de 2014, tornando-se imediatamente uma ameaça explícita à comunidade internacional e sendo reconhecida como a ameaça principal por vários países e organismos internacionais. Porém, o grupo terrorista tem suas origens ainda em 1999, quando um jihadista da tendência salafita, o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, fundou o grupo Jamaat al-Tawhid wal-Jihad. Depois da invasão norte-americana no Iraque em 2003, esta organização começou a fortalecer-se, até transformar-se, em 2006, no Estado Islâmico do Iraque. A ameaça representada por esta entidade foi reconhecida pelos serviços secretos dos EUA ainda naquela altura, mas reconhecida secretamente, e nada foi feito para contê-la. Como resultado, surgiu em 2013 o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que agora abrange territórios no Iraque e na Síria, mantendo a instabilidade e fomentando conflitos.

Não há uma frente unida de combate contra o Daesh: contra o grupo lutam forças governamentais da Síria (com apoio da aviação russa) e do Iraque, a coalizão internacional liderada pelos EUA (limitando-se a ataques aéreos), assim como milícias xiitas libanesas e iraquianas. Uma das forças mais eficazes que combatem o Daesh são as milícias curdas, tanto no Curdistão iraquiano, como no Curdistão sírio.


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