The Washington Post: S-300 russos fazem EUA reconsiderar sua estratégia na Síria

A instalação dos sistemas russos S-300 na Síria forçou os Estados Unidos a reconsiderar sua política levada a cabo neste país árabe, escreveu recentemente o jornal americano The Washington Post.


Sputnik

Por mais de dois anos a Síria "aceitou passivamente" os bombardeios dos EUA dos territórios ocupados pelo grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia). No outono passado (primavera no hemisfério Sul) Moscou e Washington acordaram garantir que os aviões russos e americanos que estão operando na Síria respeitariam uma certa distância uns dos outros. 


Um complexo S-300 visto no fórum militar EXÉRCITO 2016 em Kubinka, perto de Moscou, em 6 de setembro de 2016
S-300 © Sputnik/ Ekaterina Kozlova

"A finalização da instalação dos sistemas russos de defesa antimíssil na Síria no mês corrente tornou a decisão da administração de Obama sobre realização de ataques aéreos contra alvos do governo ainda menos possível do que nos últimos anos", escreveu a publicação.

Os atuais avanços do exército sírio em Aleppo, com apoio da aviação aérea russa, bem como a falta de êxitos diplomáticos americanos na pacificação síria, forçaram a administração a "reconsiderar as suas variantes de ação" inclusive quanto aos ataques aéreos contra posições de Bashar Assad.

No início de outubro, Moscou informou sobre a sua decisão de instalar complexos da defesa antimíssil S-300 no país árabe.

O jornal destacou também que os sistemas S-300, bem como S-400, já permitem à Rússia abater aviões e mísseis de cruzeiro na distância de 400 km em qualquer direção — quer dizer, quase em todo o território da Síria, bem como em parte dos territórios de Israel, Turquia, Jordânia e parte leste do mar Mediterrâneo.

"Nós não temos a certeza se algum dos nossos aviões pode derrotar os S-300", declarou um representante anônimo do Pentágono, citado no artigo.

A entidade americana da Defesa considera também que atualmente qualquer tentativa de atacar infraestruturas militares sírias provocaria um risco de início de combates entre as duas superpotências.




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