200 cargas nucleares de Israel contra programa nuclear pacífico do Irã

Israel tem em sua disposição 200 cargas nucleares. Sobre isso foi discutido em mensagens privadas do ex-secretário do Estado dos EUA, Colin Powell. Suas mensagens foram publicadas no dia 16 de setembro pela edição The Independent. 


Sputnik

"Em todo caso, os iranianos não podem usar sua bomba. Teerã sabe que Israel tem 200 cargas, todas apontadas para o Irã, já nós, temos milhares delas. Como disse Mahmoud Ahmadinejad [presidente do Irã de 2005 a 2013]: 'O que fazer [com este bomba]? Poli-la?'", escreveu Powell em uma de suas mensagens.


Míssil superfície-ar Hawk é lançado durante os exercícios militares no Irã
Míssil superfície-ar Hawk © AFP 2016/ ISNA/ AMIN KHOROSHAHI


Em meados de julho de 2015, Teerã e seis mediadores internacionais (EUA, Rússia, China, Grã Bretanha, França e Alemanha) chegaram a um acordo sobre o programa nuclear do Teerã. O país foi obrigado a transformar a usina nuclear de Fordo em um centro tecnológico e também a transformar o reator nuclear, localizado na cidade de Arak, sendo obrigado a retirar do país todo o combustível utilizado pelo reator. Israel não apoiou tal decisão.

O analista político e especialista em questões do Oriente Médio, Sabbah Zanganeh, disse à Sputnik Persa que as armas nucleares do Irã são responsáveis pela tensão na região. 


O especialista destacou que a situação faz parte da política de padrões duplos dos EUA: 

"Os americanos sabem claramente que o programa nuclear do Irã tinha e tem caráter pacífico e nunca ameaçou quaisquer países ou povos. Eles sabem que o Irã é contra a utilização de armas nucleares, por razões religiosas e morais. O Irã nunca tomou a direção que leva à produção de armas de destruição em massa."

"Ao mesmo tempo, Israel que sempre recebeu apoio dos EUA em todas as áreas, constantemente ameaça os países da região, provocando conflitos militares e iniciando guerras contra o Egito, Síria, Líbano, Palestina e Jordânia."

Devido ao apoio recebido pelos EUA, Israel possui armas de destruição em massa, destacou o especialista. Os EUA, sendo cúmplices dos israelenses, devem assumir total responsabilidade pelos acontecimentos na região, concluiu Sabbah Zanganeh.



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