Secretário de Defesa dos EUA inicia rodada de viagens no norte da África e Oriente Médio

O secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, iniciou no Egito neste sábado (2) sua rodada de viagens pelo norte da África e Oriente Médio. Mattis reuniu-se com oficiais egípcios e também visitará Jordânia, Paquistão e Kuwait.


Sputnik

A visita do secretário de Defesa dos EUA ocorre pouco mais de uma semana após o pior ataque terrorista da história moderna do Egito, na turbulenta região da Península do Sinai. Até o momento, nenhum grupo terrorista assumiu a autoria do atentado que deixou mais de 300 mortos, mas testemunhas afirmam que os terroristas carregavam uma bandeira do Daesh.


Secretário de Estado norte-americano James Mattis gestures durante a conferência de imprensa sobre a campanha contra o Daesh no Pentágono, Washington, 19 de maio de 2017
Secretário de Defesa dos EUA Jim Mattis © REUTERS/ Yuri Gripas

Donald Trump ligou para o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, pouco depois do ataque e disse no Twitter que "o mundo não pode tolerar o terrorismo, devemos vencê-los militarmente e desacreditar a ideologia extremista".

Segundo o Departamento de Defesa dos EUA, a visita de Mattis é parte de uma viagem de cinco dias "para reafirmar o compromisso duradouro da parceria dos EUA com o Oriente Médio, África Ocidental e o sul da Ásia". Mattis tem agenda programada com al-Sisi e o ministro da Defesa, Sedki Sobhi.

O secretário de Defesa dos EUA irá depois para a Jordânia, onde deve encontrar-se com Rei Abdullah II. Já na segunda-feira, Mattis irá visitar o Paquistão e cumprirá agenda com o primeiro-ministro Abassi antes de concluir sua viagem com uma visita ao Kuwait no dia seguinte.

O Egito é um dos principais beneficiários da assistência militar dos EUA, recebendo cerca de US$ 1,3 bilhão anualmente, além de US$ 250 milhões na forma de ajuda econômica. Os recursos estão ligados ao tratado de paz do Egito com Israel de 1979.

Após o ataque do Sinai, al-Sisi instruiu suas forças de segurança a usar "toda força bruta" e deu-lhes três meses para restaurar a estabilidade na volátil parte norte da Península do Sinai.

A região tem sofrido com a insurgência islâmica há anos, principalmente após 2013, quando o antecessor de al-Sisi, o então presidente islâmico Mohamed Mursi, foi deposto.

Mas o governo de al-Sisi também expandiu os laços militares com a Rússia e assinou acordos para comprar caças, helicópteros e outras armas de Moscou. O ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, visitou o Cairo na quarta-feira, observando que a cooperação militar entre os dois países têm aumentado.


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