Opinião: EUA criam problema na península coreana e depois esperam ajuda da Rússia

Presidente dos EUA, Donald Trump, acusou Rússia de "não ajudar" na regularização da questão coreana. Pesquisador-chefe do Centro de pesquisas coreanas da Academia de Ciências da Rússia, Yevgeny Kim, explicou as raízes do problema que pode vir a se explodir.


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Além disso, Rússia é acusada de ajudar Pyongyang a esquivar sanções da ONU. Trump destacou que "as ações" da Rússia fazem com Pyongyang diariamente se aproxime da criação de míssil capaz de atingir território norte-americano.


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Exercício militar entre a Coreia do Sul e EUA | Reprodução

Líder dos EUA frisou que três de seus antecessores, Bill Clinton, George Bush e Barak Obama, foram incapazes de resolver o problema norte-coreano. Trump acredita que presidente russo, Vladimir Putin, "pode fazer muito" para contribuir na resolução da crise norte-coreana, mas o nível baixo das relações entre os dois países, detalhou Trump, impossibilita êxitos visíveis na questão coreana.

Analista Yevgeny Kim comentou o assunto para serviço russo da Rádio Sputnik. Para ele, são os próprios Estados Unidos culpados pela situação em que se encontra hoje em dia península coreana.

"O problema foi criado, porque os EUA não quiseram garantir a segurança da Coreia do Norte, realizando o tempo todo manobras para treinar ataque ao território norte-coreano e eliminação das autoridades locais. Em resposta, Pyongyang começou a criar armas nucleares. Se os norte-americanos normalizassem relações com Coreia do Norte, isto nunca teria acontecido", disse analista.

Agora, prosseguiu ele, Washington, ao continuar ameaçando Pyongyang, incluindo-a na lista de países vilões, exige que Rússia e China ajudem a pressionar Coreia do Norte.

"Não fomos nós que criamos este problema, e, sim, a presença permanente dos EUA na Coreia do Sul e manobras incessantes que causam este problema", lembrou Yevgeny Kim.

Ele lembrou que Rússia cumpre todas as resoluções do Conselho de Federação da ONU que além das sanções pressupõem negociações também, que Washington não quer realizar. No início de janeiro, Pyongyang deu os primeiros passos para começar o diálogo com vizinho do Sul, mas EUA não se agradaram muito da ideia, considera analista.

"Eles [EUA] rejeitaram o plano sobre congelamento duplo, proposto pela China e Rússia. O que vocês propõem, então? Continuar pressionando e eliminar a Coreia do Norte como Estado? Claro que nós não podemos apoiar isto", resumiu Kim.

O plano da Rússia e China pressupõe que Pyongyang suspenda seu programa nuclear e realização de lançamentos de mísseis em troca de suspensão permanente das manobras de Seul e Washington. EUA ignoraram a iniciativa.


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