Expansão do bloco militar ocidental é 'loucura', acredita analista estadunidense

Para o colunista de um dos diários norte-americanos mais prestigiados, a expansão constante da Aliança Atlântica para o leste é uma "loucura" que provavelmente levará a um conflito com a Rússia.


Sputnik

De acordo com o jornalista da edição The Washington Post, Todd Wood, a possível adesão da Geórgia e Ucrânia ao bloco não trará nenhum benefício aos norte-americanos.


U.S. Black Hawk helicopters were deployed to reassure NATO's European allies after Russia's invasion in Ukraine. (Associated Press/File)
Helicópteros Black Hawk dos EUA foram mobilizados para tranquilizar os aliados europeus da OTAN após a invasão da Rússia na Ucrânia. (Associated Press)

"Podemos ajudar a defender a liberdade nessas regiões. Podemos treinar, equipar, vender armas e oferecer outros tipos de assistência. Entretanto, pôr as vidas de americanos em perigo por tais países como a Ucrânia ou a Geórgia não tem nenhum sentido. Já basta", escreve Wood.

Na opinião dele, Washington não deve oferecer a Kiev uma esperança de se juntar à OTAN, enquanto os ucranianos e os georgianos devem garantir sua própria proteção e não transferir as responsabilidades para o Pentágono. Assim, Tbilisi e Kiev bem poderiam criar suas próprias alianças em vez de se esforçarem para entrar na Aliança Atlântica, acredita o autor.

"Sejamos francos: a OTAN não é nada sem os EUA. A Alemanha só tem alguns caças para voar. A OTAN não é uma aliança de verdade. É um prêmio de segurança estadunidense para as nações da Europa que não querem se defender", assegura Wood.

Em seu artigo, o autor alerta que a situação, tomando em consideração a atual retórica, pode logo sair fora de controle.

"Nesta semana, Moscou declarou que, caso a Geórgia ou a Ucrânia aderissem à OTAN, a Rússia 'seria obrigada a agir'. […] Francamente, eles não têm escolha. Qualquer líder russo que se respeite teria que reagir ou sair. Acabem com a loucura. Acabem com o impulso para o conflito. Alguém está querendo uma guerra muito mesmo. Pela nossa geração mais jovem, eu não", resume Wood.

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