Armada Argentina que ter 5 submarinos de ‘6ª geração’

O portal de notícias argentino Infobae noticiou, nesta segunda-feira véspera de Natal (24.12), que três documentos produzidos no âmbito do Comando de la Fuerza de Submarinos da Marinha local – e classificados com a palavra SECRETO –, demonstram que, desde o primeiro semestre de 2017, os almirantes do país vizinho vêm debatendo seriamente a compra de cinco submersíveis de ataque de propulsão convencional (diesel-elétrica) de sexta generación.


Por Roberto Lopes | Poder Naval

Os papers estão datados de abril e junho de 2017, e de abril de 2018.


Submarinos argentinos ARA Salta, ARA Santa cruz e ARA San Juan, em foto de arquivo
Submarinos argentinos ARA Salta, ARA Santa Cruz e ARA San Juan, em foto de arquivo

No último, assinado pelo então Comandante da Arma Submarina, capitán de Navío (o equivalente a capitão de mar e guerra) Claudio Javier Villamide, e por seu chefe de Estado-Maior, capitán de Navío Héctor Aníbal, existe a advertência: en las anteriores oportunidades que la Armada enfrentó el mismo problema, incorporación/reemplazo de submarinos, lo resolvió comprando submarinos nuevos en tres oportunidades y comprando submarinos usados en dos oportunidades, disponibles luego de finalizada la Segunda Guerra Mundial.

O documento reconhece que en la actualidad no existe abundancia de ofertas de submarinos por Armadas que se encuentren desafectando unidades – o que conduziu os chefes navais argentinos ao exame de barcos novos disponíveis no mercado.

Infobae inclui, entre as embarcações analisadas, o Scorpène francês e os Tipos 214 e 209 alemães – este último o mais bem votado pelo Consejo Asesor del Arma Submarina (formado, inclusive, por oficiais do Estador-Maior da Armada que não sãosubmarinistas). Mas é certo que os estudos se estenderam ao modelo russo Kilo (igual ao adquirido recentemente pela Marinha do Vietnã), e a navios da China e da Suécia.

O Tipo 209 que atrai os almirantes argentinos carrega 14 torpedos e uma tripulação entre 30 e 36 militares.

Custo e prazo 

Villamide perdeu o cargo no dia seguinte ao do desaparecimento do submarino ARA San Juan (a 15 de novembro de 2017).

Ele foi colocado em disponibilidad provisoria e substituído no Comando da Arma Submarina por Aníbal Alonso que também já não serve mais nessa repartição da Esquadra. Foi reemplazado pelo capitão de Navio Ciro Oscar García Repetto.

No primeiro semestre deste ano, aproveitando-se de uma comissão na Europa (ligada a salvamento de submarinos), Repetto visitou a indústria naval alemã.

O custo de cinco submarinos Tipo 209 pode ser estimado em cerca de 3 bilhões de dólares, e não poderia ser assumido pela Armada Argentina em um prazo inferior a dez ou 12 anos.

A chance de a indústria naval argentina construir parte desse lote de submarinos alemães é incerta.

Recentemente o presidente Mauricio Macri vetou o investimento para fabricar, em seus estaleiros, um navio-doca de assalto anfíbio da Classe Makassar (amparado em crédito financeiro da Coreia do Sul), e três patrulheiros oceânicos derivados do navio francês L’Adroit.

Lista 

No item 9 do documento datado de 30 de abril de 2017 – Estudio de Comando Mayor del COMANDO DE LA FUERZA DE SUBMARINOS. Submarinos de 6ta. Generación –, o então Comandante do San Juan, capitán de fragata Pedro Martín Fernández (morto no naufrágio de seu navio), lista as obras pendientes no submarino.

  • los sonares tienen ruido eléctrico;
  • el sistema hidráulico tiene pérdidas;
  • hay “filtraciones en el tanque de combustible”;
  • está pendiente verificar el ruido en la línea de eje (reparo que exigiria levar o navio a um dique seco); entre outros.

Martín Fernández considera necessário tramitar la imperiosa entrada a dique seco del ARA San Juan durante el primer semestre del año 2018 a fin de asegurar su operatividad, dado que lleva en la actualidad 39 meses sin realizar el mantenimiento correspondiente que, de acuerdo con el manual del fabricante, debería ser cada 18 meses.

De acordo com Infobae, essa era a razão pela qual o submarino não podia navegar a uma profundidade maior que 100 m. Uma descida a níveis mais profundos poderia comprometer sua estanqueidad.

No item 11 do mesmo documento Villamide afirma que o Plan de Capacidades Militaresanunciado durante a Administração Cristina Kirchner era bastante ambicioso, mas que no pudo cumplirse.

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