Londres diz que Assad se manterá no poder na Síria durante "algum tempo"

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Hunt, afirmou nesta quinta-feira que o governo britânico acredita que o presidente da Síria, Bashar al Assad, se manterá no poder durante "algum tempo" graças ao apoio da Rússia.


EFE

Londres - "A posição que o Reino Unido mantém é que não conseguiremos uma paz duradoura na Síria com esse regime. No entanto, infelizmente, acreditamos que (Assad) vai estar lá durante algum tempo devido ao apoio que teve da Rússia", disse Hunt em entrevista com a emissora de televisão "Sky News".


O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Hunt. EFE/ Wallace Woon
O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Hunt. EFE/ Wallace Woon

O chefe da diplomacia britânica também disse que Moscou ganhou maior peso político na região com a consolidação do regime sírio.

"A Rússia pode pensar que ganhou uma esfera de influência. O que nós lhes diríamos é: Sim, mas também adquiriu uma responsabilidade", indicou Hunt.

"Se vai estar envolvido na Síria, então deveria assegurar que realmente há paz no país, e isso significa garantir que o presidente Al Assad não utilize armas químicas contra seu próprio povo", acrescentou.

O ministro britânico afirmou que o destino de dois supostos membros do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) que tinham nacionalidade britânica e estão detidos pelas forças curdas deve ser resolvido este ano.

Ambos são suspeitos de fazer parte de um grupo conhecido como "The Beatles", pelo seu sotaque britânico, e são acusados de assassinar vários cidadãos do Reino Unido e dos Estados Unidos.

Existe a preocupação quanto à possibilidade que uma retirada das tropas americanas, aliadas dos curdos, levar à libertação de alguns membros do EI que estão detidos.

"Esse é um dos problemas que vão ter que ser resolvidos durante este ano", indicou Hunt, que não descartou a possibilidade de esses dois detidos, que tiveram a cidadania britânica retirada, sejam transferidos ao Reino Unido para serem julgados.

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