Turquia teria pedido para EUA lhe entregarem bases na Síria

No decorrer das negociações em Ancara entre as autoridades turcas e John Bolton, assessor do presidente norte-americano, a Turquia teria pedido a Washington que lhe entregue as bases norte-americanas na Síria, ou a sua destruição, segundo comunicou nesta terça-feira (8) a edição Hurriyet.


Sputnik

Segundo as fontes da edição, a Turquia é contra a entrega das 22 bases dos EUA na Síria aos grupos curdos após a retirada das tropas norte-americanas deste país.


Soldado norte-americano, à esquerda, sentado em veículo blindado perto da tensa linha de frente entre o Conselho Militar de Manbij, apoiado pelos EUA, e os combatentes apoiados pelos turcos, em Manbij, norte da Síria, 4 de abril de 2018
Tropas dos EUA na base militar de Manbij, Síria © AP Photo / Hussein Malla

Anteriormente, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que a Turquia é o único país capaz de proteger os interesses da comunidade internacional e do povo sírio depois da retirada das tropas norte-americanas da Síria.

"A retirada das tropas norte-americanas deveria ser planejada e realizada cuidadosamente em cooperação com os parceiros adequados para proteger os interesses dos EUA, da comunidade internacional e do povo sírio", apontou o líder turco, citado pelo jornal The New York Times.

"A Turquia, que possui o segundo maior exército permanente da OTAN, é o único país que tem forças e desejo de cumprir essa tarefa", acrescentou.

Em Ancara, John Bolton participou das conversações com o conselheiro e secretário de imprensa do presidente turco, Ibrahim Kalin. Os tópicos da conversa não foram divulgados.

Nos meados de dezembro de 2018, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a vitória sobre o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) na Síria, assinalando que esse era o único motivo de permanência das tropas norte-americanas na República Árabe. Anteriormente, a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmou que os EUA iniciaram a retirada das tropas americanas da Síria. Entretanto, segundo ela, a coalizão internacional liderada por Washington continuará existindo.

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