EUA determinam prazo para que empresas parem de comprar petróleo da Venezuela

Empresas com sede fora dos Estados Unidos que compram petróleo da Venezuela através do sistema financeiro americano têm até o dia 28 de abril para interromper a importação, anunciou nesta sexta-feira o Departamento do Tesouro.


EFE

Washington - A medida regulamenta os prazos das sanções impostas pelo governo de Donald Trump ao regime de Nicolás Maduro na segunda-feira.


O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin. EFE/Shawn Thew
O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin. EFE/Shawn Thew

Além disso, cidadãos americanos que trabalham para empresas de fora dos Estados Unidos ou na Venezuela têm até 29 de março para realizar algumas transações financeiras e retirar dinheiro.

A nota do Departamento do Tesouro tem como objetivo esclarecer os prazos das sanções impostas pelo governo americano à PDSVA, a petrolífera estatal da Venezuela.

Como consequência das sanções, o dinheiro obtido pela Venezuela na venda de petróleo para os EUA ficará confiscado, só podendo ser acessado pelo chefe da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, autoproclamado presidente do país e reconhecido pela Casa Branca.

"Ajudará a evitar futuros desvios de ativos da Venezuela por Maduro e manter esses ativos para o povo venezuelano. O caminho de suspensão dessas sanções à PDVSA é através da rápida transferência do controle ao presidente interino ou a um governo posterior, eleito democraticamente", disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, ao anunciar as medidas no início da semana.

A maior parte do comércio mundial de petróleo é feita em dólares. Por isso, os EUA podem controlar de perto a movimentação financeira.

Por outro lado, a Venezuela é bastante dependente do petróleo: 90% das receitas do país no exterior vêm da exportação do produto.

Os EUA são o destino de 40% das vendas da PDSVA e compram 1,2 milhão por dia. Na sequência, vem Índia (300 mil) e China (240 mil).

As sanções afetam US$ 7 bilhões em ativos da PDVSA, segundo o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, que prevê que as medidas anunciadas pelo governo americano trarão outros US$ 11 bilhões em perdas para a empresa ao longo do ano.

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