EUA mentiram sobre petroleiros iranianos para esconder fracasso político na ONU, afirma Rouhani

O presidente do Irã negou relatos sobre a detenção de quatro petroleiros iranianos navegando em direção à Venezuela, qualificando-os de "mentira" e "guerra psicológica".

Sputnik


Hassan Rouhani, presidente do Irã, reagiu no sábado (15) aos relatos sobre a detenção de quatro petroleiros que estariam transportando combustível iraniano com destino à Venezuela. Em sua opinião, essas notícias foram uma manobra para encobrir a derrota diplomática no Conselho de Segurança da ONU, que rejeitou a proposta americana de estender o embargo de armas contra Teerã.

Presidente iraniano Hassan Rouhani participa de uma coletiva de imprensa com o primeiro-ministro iraquiano, Mustafa Al-Kadhimi, usando máscara protetora, em Teerã, Irã, 21 de julho de 2020
© REUTERS / Página oficial da Presidência do Irã / Handout

"Depois de sofrer uma derrota política, os americanos afirmaram ter apreendido quatro navios iranianos em águas internacionais. Mais tarde, porém, se verificou que os petroleiros não eram iranianos nem tinham bandeira iraniana. Foi tudo simplesmente fake news", disse ele durante uma reunião da Sede Nacional de Gestão e Combate ao Coronavírus em Teerã, citado pela agência Press TV.

O governo dos Estados Unidos havia relatado a detenção de quatro petroleiros alegadamente transportando gasolina iraniana para a Venezuela. O embaixador iraniano no país sul-americano, Hojat Soltani, desmentiu a informação, chamando-a de "mentira" e "guerra psicológica".

"Nem os petroleiros são iranianos, nem seu proprietário ou suas bandeiras têm algo a ver com o Irã", disse na quinta-feira (13), citado pela Press TV, afirmando que a notícia se destinava a encobrir o fracasso da política da administração Trump em relação ao Irã.

Na sexta-feira (14), o Conselho de Segurança da ONU rejeitou uma resolução dos EUA para prorrogar o anterior embargo de armas ao Irã, que expirará em outubro. Dos 15 países que votaram, apenas dois apoiaram a resolução, os EUA e a República Dominicana.

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