Líder supremo do Irã promete punição por assassinato de físico nuclear

Nesta sexta-feira (27), o físico nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh foi morto na cidade de Absard, próximo a Teerã, causando indignação e protesto das autoridades iranianas.

Sputnik


Em sua página no Twitter, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, condenou fortemente a morte do físico nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh, apelando para que os responsáveis pelo crime sejam punidos.

© AP Photo / Sem credencial

Para o líder iraniano, a primeira prioridade após o assassinato é "a punição definitiva dos responsáveis e daqueles que o ordenaram". Contudo, não entrou em detalhes de como seria esta punição.

Além disso, neste sábado (28), Khamenei prometeu retaliar o assassinato do proeminente cientista e disse que o desenvolvimento do programa nuclear iraniano vai continuar.

O físico Mohsen Fakhrizadeh, diretor de um renomado centro de pesquisa e inovação nuclear, foi morto nesta sexta-feira (27) após ser alvo de um ataque com arma de fogo e bomba na cidade de Absard, situada a 175 quilômetros da capital iraniana.

O presidente do país persa, Hassan Rouhani, acusou Israel de estar por trás do assassinato, ecoando o chanceler Javad Zarif, que também afirmou que Israel poderia ter estado envolvido na morte do físico. Contudo, até o momento, as autoridades israelenses não fizeram nenhum comentário sobre o assassinato do cientista.

"A nação iraniana é inteligente o suficiente para não cair na armadilha dos sionistas. Eles estão tentando criar o caos", afirmou Rouhani se referindo às autoridades israelenses.

Em 2018, em uma apresentação televisionada, o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu apontou Fakhrizadeh como uma das pessoas que ele considerava mais perigosas para seu país.

Teerã reitera que seu programa nuclear tem fins pacíficos, negando as acusações de Israel de estar desenvolvendo um programa nuclear militar em segredo.

Após acusações de envolvimento no ataque, Israel colocou suas embaixadas ao redor do mundo em estado de alerta, temendo represálias iranianas, informa o portal N12. No entanto, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou que não comentaria questões de segurança envolvendo seus representantes no exterior.

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