Apesar de pressão francesa, Conselho de Segurança da ONU não chega a acordo sobre Coreia do Norte

O Conselho de Segurança da ONU discutiu, nesta sexta-feira (1º), sobre os últimos testes de mísseis realizados pela Coreia do Norte, sem conseguir chegar a um acordo sobre uma declaração conjunta, como a França desejava, informaram fontes diplomáticas.

RFI


A reunião a portas fechadas durou pouco mais de uma hora e foi solicitada por Estados Unidos, França e Reino Unido. O objetivo era analisar o lançamento por Pyongyang nesta semana de um míssil apresentado como hipersônico pelos norte-coreanos.

Homem assiste lançamento de míssil norte coreano em uma tela em uma rua de Seul, em 15 de setembro de 2021 | AFP - JUNG YEON-JE

Na terça-feira (28), a Coreia do Norte afirmou que testou com sucesso um míssil antiaéreo "desenvolvido recentemente".

"A França queria um comunicado de imprensa, mas Rússia e China disseram que agora não é o momento, que é preciso tempo para analisar a situação", disse à AFP um diplomata de um dos países-membros do Conselho, em anonimato.

Resoluções tomadas pelo Conselho de Segurança da ONU proibiram o programa de armamento nuclear e mísseis balísticos impulsionado por Kim Jong Un na Coreia do Norte.

A missão diplomática francesa não se disponibilizou até o momento a fazer comentários a respeito.

Estudando o caso

Desde 2017, ano em que o governo de Donald Trump fez com que o Conselho adotasse, por unanimidade, três séries de fortes sanções econômicas contra a Coreia do Norte depois que Pyongyang realizou testes nucleares e de mísseis, o Conselho de Segurança nunca encontrou uma posição comum.

China e Rússia pediram várias vezes, mas sem sucesso, um levantamento parcial das sanções, enquanto o novo governo de Joe Biden ainda não concretizou uma estratégia clara em relação ao país.

“Eles dizem que continuam a estudar o caso”, disse outro embaixador, lamentando o mesmo comportamento americano em vários outros processos na mesa do Conselho de segurança.

Pyongyang não dá sinais de querer se desvincular do seu arsenal, que considera necessário para se defender dos americanos, e recusa diálogo com Estados Unidos.

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