Segundo militares do país africano, a explosão de dois carros-bomba feriu seis pessoas

Segundo militares do país africano, a explosão de dois carros-bomba feriu seis pessoas

Aaron Ross | Reuters


A afiliada da Al Qaeda no Mali assumiu a responsabilidade, neste sábado (23), por um ataque à principal base militar do país, que disse ser uma resposta à colaboração governamental com mercenários russos.

Tropas em veículos blindados na base militar de Kati, perto da capital do Mali, Bamako22/07/2022 REUTERS/Fadimata Kontao

O ataque de sexta-feira à base de Kati, a 15 km da capital Bamako, matou pelo menos um soldado e representou a primeira vez na insurgência de uma década no Mali que militantes islâmicos atingiram um acampamento militar tão perto de Bamako.

O ataque, realizado com dois carros-bomba, também feriu seis pessoas, enquanto sete assaltantes foram mortos e oito presos, disseram militares do Mali.

A unidade de mídia da afiliada local da Al Qaeda, Jama’at Nusrat al-Islam wal Muslimeen (JNIM), disse em comunicado que sua filial Katiba Macina realizou o ataque, de acordo com uma tradução do site Intelligence Group, que monitora declarações jihadistas.

Os militares malianos culparam Katiba Macina pelo ataque em um comunicado na sexta-feira.

O comunicado do JNIM disse que um combatente do Mali detonou um carro-bomba no portão da base e um combatente de Burkina Faso detonou outro dentro da base, permitindo que mais combatentes entrassem no campo.

Ele justificou o ataque citando a presença no Mali de mercenários do Grupo Wagner da Rússia, que começou a fornecer centenas de combatentes no ano passado para apoiar os militares malianos e desde então foi acusado por grupos de direitos humanos e moradores locais de participar de massacres de civis.

“Nós dizemos ao governo de Bamako: se você tem o direito de contratar mercenários para matar os inocentes indefesos, então nós temos o direito de destruí-lo e atingi-lo”, disse.

O governo russo reconheceu que o pessoal da Wagner está no Mali, mas o governo maliano os descreveu como instrutores das forças armadas russas, em vez de contratados de segurança privada. Wagner não tem representação pública e não comentou as acusações de violação de direitos humanos.

Em um comunicado separado no sábado, o JNIM também reivindicou a responsabilidade por ataques em cinco cidades do centro e sul do Mali na quinta-feira, que os militares malianos disseram ter matado 1 soldado e ferido outros 15.

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