Os Estados Unidos participarão de um exercício militar conjunto com a Índia dentro de 100 quilômetros da disputada fronteira do país sul-asiático com a China.
Por Vedika Sud, Barbara Starr, Sahar Akbarzai e Kathleen Magramo | CNN
Os exercícios militares serão realizados em meados de outubro a uma altitude de 3.048 (10.000 pés) em Auli, no estado indiano de Uttarakhand, e se concentrarão no treinamento de guerra de alta altitude, de acordo com um oficial sênior do exército indiano com conhecimento do assunto.
Auli fica a cerca de 95 quilômetros da Linha de Controle Real (LAC), um terreno inóspito onde a disputada fronteira Índia-China é aproximadamente demarcada.
Os exercícios serão realizados como parte da 18ª edição de um exercício conjunto anual conhecido como "Yudh Abhyas" ou "Prática de Guerra".
As relações entre a Índia e a China estão tensas desde que um sangrento confronto entre seus soldados no Himalaia, em junho de 2020, deixou pelo menos 20 soldados indianos e quatro soldados chineses mortos.
A China aumentou ainda mais as tensões recentemente com a construção de uma ponte sobre o Lago Pangong Tso que fica ao longo da fronteira, um movimento condenado pelo governo indiano como uma "ocupação ilegal".
Durante uma visita à Índia este ano, o comandante-geral do Exército dos EUA no Pacífico, Charles Flynn, descreveu o acúmulo militar da China perto da fronteira disputada como "alarmante".
Questionado sobre os exercícios conjuntos, um porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA disse à CNN que a parceria com a Índia era "um dos elementos mais importantes de nossa visão compartilhada de uma região indo-pacífica livre e aberta".
"Um elemento importante deste esforço mais amplo inclui exercícios e eventos de treinamento e Yudh Abhyas é um desses exercícios bilaterais anuais projetado para aumentar a interoperabilidade e melhorar nossas respectivas capacidades para enfrentar uma variedade de desafios de segurança regional", disse o porta-voz.
Linha de controle real
A Linha de Controle Real, a vagamente definida fronteira de fato entre a Índia e a China, emergiu da guerra fronteiriça sino-indiana de 1962, que por sua vez foi desencadeada por desacordos territoriais históricos de longa data.
Sua localização precisa pode ser borrada, e ainda há uma disputa entre a China e a Índia sobre onde um país termina e o outro começa.
Qualquer provocação militar entre a Índia e a China pode ter sérias consequências. Ambos têm armas nucleares.
As tensões fronteiriças aumentaram entre os dois países depois que soldados lutaram com punhos, pedras e bastões de bambu com pregos em uma sangrenta batalha que matou pelo menos 20 soldados indianos em junho de 2020 no Vale galwan perto de Aksai Chin, uma área controlada pela China, mas reivindicada pelos dois países.
Embora as tensões tenham diminuído desde então, ambos os lados mantêm uma grande presença de tropas na região fronteiriça, aumentando o risco de possíveis erros de cálculo em caso de confrontos repentinos e inesperados.
Por Vedika Sud, Barbara Starr, Sahar Akbarzai e Kathleen Magramo | CNN
Os exercícios militares serão realizados em meados de outubro a uma altitude de 3.048 (10.000 pés) em Auli, no estado indiano de Uttarakhand, e se concentrarão no treinamento de guerra de alta altitude, de acordo com um oficial sênior do exército indiano com conhecimento do assunto.
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| Um soldado chinês e um soldado indiano ficam de guarda na antiga fronteira de Nathu La entre os dois países em julho de 2008. Crédito: Diptendu Dutta/AFP via Getty Images |
Auli fica a cerca de 95 quilômetros da Linha de Controle Real (LAC), um terreno inóspito onde a disputada fronteira Índia-China é aproximadamente demarcada.
Os exercícios serão realizados como parte da 18ª edição de um exercício conjunto anual conhecido como "Yudh Abhyas" ou "Prática de Guerra".
As relações entre a Índia e a China estão tensas desde que um sangrento confronto entre seus soldados no Himalaia, em junho de 2020, deixou pelo menos 20 soldados indianos e quatro soldados chineses mortos.
A China aumentou ainda mais as tensões recentemente com a construção de uma ponte sobre o Lago Pangong Tso que fica ao longo da fronteira, um movimento condenado pelo governo indiano como uma "ocupação ilegal".
Durante uma visita à Índia este ano, o comandante-geral do Exército dos EUA no Pacífico, Charles Flynn, descreveu o acúmulo militar da China perto da fronteira disputada como "alarmante".
Questionado sobre os exercícios conjuntos, um porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA disse à CNN que a parceria com a Índia era "um dos elementos mais importantes de nossa visão compartilhada de uma região indo-pacífica livre e aberta".
"Um elemento importante deste esforço mais amplo inclui exercícios e eventos de treinamento e Yudh Abhyas é um desses exercícios bilaterais anuais projetado para aumentar a interoperabilidade e melhorar nossas respectivas capacidades para enfrentar uma variedade de desafios de segurança regional", disse o porta-voz.
Linha de controle real
A Linha de Controle Real, a vagamente definida fronteira de fato entre a Índia e a China, emergiu da guerra fronteiriça sino-indiana de 1962, que por sua vez foi desencadeada por desacordos territoriais históricos de longa data.
Sua localização precisa pode ser borrada, e ainda há uma disputa entre a China e a Índia sobre onde um país termina e o outro começa.
Qualquer provocação militar entre a Índia e a China pode ter sérias consequências. Ambos têm armas nucleares.
As tensões fronteiriças aumentaram entre os dois países depois que soldados lutaram com punhos, pedras e bastões de bambu com pregos em uma sangrenta batalha que matou pelo menos 20 soldados indianos em junho de 2020 no Vale galwan perto de Aksai Chin, uma área controlada pela China, mas reivindicada pelos dois países.
Embora as tensões tenham diminuído desde então, ambos os lados mantêm uma grande presença de tropas na região fronteiriça, aumentando o risco de possíveis erros de cálculo em caso de confrontos repentinos e inesperados.