Erdogan: Intervenção militar no Níger pode desestabilizar situação na África

Segundo o líder turco, Ancara pode desempenhar um papel importante na resolução do conflito no Níger e as conversações sobre o assunto estão a decorrer no ministério dos Negócios Estrangeiros


TASS

ISTAMBUL - Uma intervenção militar no Níger por parte dos países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) é inaceitável porque irá desestabilizar a situação em muitos países africanos, disse o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, na segunda-feira.

Presidente turco Recep Tayyip Erdogan © AP Photo/Pavel Golovkin

"A decisão sobre uma intervenção militar no Níger é inaceitável. Levará à desestabilização em muitos países africanos. Espero que a paz e a estabilidade no Níger sejam alcançadas o mais rápido possível", disse ele ao retornar ao canal de televisão TRT de uma visita a Budapeste.

Segundo o líder turco, Ancara pode desempenhar um papel importante na resolução do conflito no Níger e as conversações sobre o assunto estão a decorrer no ministério dos Negócios Estrangeiros. Ele também pediu a realização de eleições democráticas no Níger em um futuro próximo.

No final de julho, um grupo de militares rebeldes no Níger anunciou a destituição do presidente Mohamed Bazoum. Eles então estabeleceram o Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (Conseil national pour la sauvegarde de la patrie, CNSP), chefiado pelo general Abdourahmane Tchiani, para administrar o país. Os líderes da CEDEAO exigiram que os rebeldes no Níger, que é membro desta organização, libertassem Bazoum e alertaram para uma resolução militar da situação caso ele não fosse libertado. Além disso, a CEDEAO impôs duras sanções ao Níger.

O comissário da CEDEAO para assuntos políticos, Abdel-Fatau Musah, disse após uma reunião dos chefes militares do bloco em Gana em 18 de agosto que a data exata para a intervenção no Níger foi determinada, mas ainda não foi anunciada oficialmente.

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