Kremlin diz que tanques e mísseis fornecidos pelos EUA para Ucrânia não podem mudar situação no campo de batalha

O Kremlin disse nesta terça-feira que os suprimentos dos Estados Unidos de mísseis ATACMS de longo alcance e tanques Abrams para a Ucrânia não mudarão a situação no campo de batalha.


Reuters

MOSCOU - Questionado sobre o assunto em uma coletiva de imprensa regular, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que as Forças Armadas russas estão constantemente se adaptando ao uso de novos tipos de armas no que Moscou chama de operação militar especial na Ucrânia.

Tanques Abrams M1A1 chegam a Polônia © Thomson Reuters

"Tudo isso não pode, de forma alguma, afetar a essência da operação militar especial e seu resultado. Não há panaceia nem um tipo de arma que possa mudar o equilíbrio de poder no campo de batalha", afirmou.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, disse nesta terça-feira que os tanques Abrams fabricados nos Estados Unidos haviam chegado ao seu país. Os tanques eram uma das principais demandas de Kiev até que Washington finalmente ofereceu mais de 30 deles em janeiro.

"Os tanques Abrams são armas sérias, mas lembre-se do que o presidente disse sobre outros tanques fabricados em outro país", declarou Peskov, referindo-se a outros tanques ocidentais fornecidos a Kiev, que incluem Leopards alemãos e Challengers britânicos.

"Bem, esses (Abrams) também serão queimados", disse ele.

Kiev também solicitou repetidamente ao governo Biden os Sistemas de Mísseis Táticos do Exército (ATACMS) para ajudar a atacar e interromper as linhas de suprimentos, bases aéreas e redes ferroviárias no território ocupado pela Rússia.

Na sexta-feira passada, a NBC News, citando autoridades norte-americanas, informou que o presidente dos EUA, Joe Biden, havia informado a Zelenskiy que Washington também forneceria a Kiev mísseis de longo alcance ATACMS.

A Casa Branca e o Pentágono não quiseram comentar a reportagem da NBC. O Pentágono também se recusou a dizer se alguma promessa de ATACMS foi feita a Zelenskiy durante reuniões na última quinta-feira no Pentágono.

"Os norte-americanos continuam aumentando seu envolvimento direto nesse conflito, mas é claro que, a cada vez, nossos militares melhoram suas habilidades e capacidades técnicas para combater esses mísseis", disse Peskov.

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