Falta empenho do Brasil para liberar reféns nas mãos do Hamas, diz embaixador de Israel à CNN (VIDEO)

Daniel Zonshine cobrou mais ações do governo brasileiro e descartou qualquer negociação com o Hamas para a libertação dos reféns, como a troca por prisioneiros proposta pelo Catar


Raquel Landim | CNN

O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, disse à CNN que falta empenho do Brasil para a liberação dos 199 reféns israelenses que estão nas mãos do Hamas.


“O governo está muito preocupado com os cidadãos em Gaza. Fizeram muitos esforços, falando com presidentes e ministros. Mas, para liberar os reféns sequestrados pelo Hamas, não vemos muito nesse sentido”, disse Zonshine.

Segundo fontes no Planalto, o governo brasileiro está focado na retirada dos cidadãos brasileiros de Gaza e trabalhando pelo cessar-fogo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo pela liberação das crianças reféns do Hamas e falou sobre o assunto com o presidente de Israel.

O embaixador israelense disse que o número de reféns pode, inclusive, superar os 199 confirmados hoje pelo governo de seu país.

“Pode ser maior esse número, mas não temos certeza se estão vivos. Há pessoas que precisam de medicamentos. Vão desde bebês até idosos com mais de 85 anos sobreviventes do Holocausto”, afirmou.

Entre eles, está Tchelet Fiesbien, de 18 anos, filha de mãe brasileira. Ela vivia no kibutz de Be’eri, um dos locais de massacres do Hamas, onde trabalhava como babá.

O embaixador confirma o caso e diz que, por enquanto, não tem relatos de mais brasileiros ou parentes entre os reféns.

Segundo o embaixador, a identificação dos reféns está sendo feita e confirmada às famílias por meio de checagem de fotos e relatos de testemunhas dos sequestros, já que nenhuma lista foi enviada pelo Hamas.

Ele explica que o trabalho é dificultado pelo mais de 300 corpos queimados pelos terroristas, que ainda não foi possível identificar.

Zonshine descarta qualquer negociação com o Hamas para a libertação dos reféns, como a troca por prisioneiros proposta pelo Catar.

“Estamos numa guerra. Esses reféns são em sua imensa maioria civis. Demandamos sua liberação sem condições”, afirmou.


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