Otan precisa estar preparada para mais combates na Ucrânia, diz secretário-geral

Jens Stoltenberg também disse que foi "muito cuidadoso ao prever os desenvolvimentos ao longo da linha de frente, porque as guerras são por natureza imprevisíveis"


TASS

BRUXELAS - A Otan precisa estar preparada para mais combates na Ucrânia, disse o secretário-geral do bloco, Jens Stoltenberg, ao chegar a uma reunião de ministros das Relações Exteriores da Otan.

Secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg © AP Photo/Geert Vanden Wijngaert

"Vamos, claro, discutir a situação na Ucrânia. Vemos combates intensos ao longo da linha de frente e temos visto ondas de ataques com drones contra cidades ucranianas e precisamos estar preparados para mais combates e também mais ataques aéreos e de mísseis contra cidades ucranianas. Isso só torna ainda mais importante que os aliados da Otan continuem apoiando a Ucrânia", destacou Stoltenberg.

O chefe da Otan também disse que era "muito cuidadoso ao prever os desenvolvimentos ao longo da linha de frente, porque as guerras são por natureza imprevisíveis". "A linha de frente não se moveu no último ano", acrescentou.

Stoltenberg também saudou os planos da Alemanha e da Holanda de alocar até dez bilhões de euros em ajuda militar à Ucrânia em 2024, bem como a decisão dos países da Otan de criar uma coalizão para "coordenar esforços para fornecer defesa aérea à Ucrânia". "Os Aliados estão fazendo muito e também espero na reunião de hoje e amanhã que os Aliados reiterem seu forte apoio à Ucrânia", disse o secretário-geral da Otan.

Stoltenberg mostrou-se "confiante de que os Estados Unidos continuarão a fornecer apoio" a Kiev, apesar das questões orçamentais.

Na quarta-feira, Bruxelas acolherá a primeira reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros do Conselho NATO-Ucrânia. Enquanto isso, autoridades da Otan e dos EUA já disseram que não esperam que nenhuma decisão prática seja tomada na reunião. Segundo Stoltenberg, os participantes discutirão como podem "aproximar ainda mais a Ucrânia e a Otan", com o entendimento de que a Ucrânia não pode se juntar ao bloco em meio a um conflito armado.

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