Míssil balístico intercontinental Sarmat não alterará equação estratégica com EUA, afirma Moscou

O míssil Sarmat está substituindo o míssil Voevoda (senhor da guerra) e, como disse uma vez o presidente russo Vladimir Putin, esta arma nuclear fará com que os inimigos de Moscou "pensem duas vezes" antes de fazerem algo estúpido.


Sputnik

Colocar o míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) Sarmat em serviço de combate não vai alterar a equação estratégica com os EUA, uma vez que a introdução de novos mísseis estava alinhada com o Tratado Novo START mesmo antes de o acordo ser suspenso, disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, à Sputnik.

© Sputnik / Ministério da Defesa da Rússia

"Colocar este sistema em serviço de combate não altera a equação estratégica. As forças nucleares estratégicas da Rússia são um organismo que respira [que se adapta]. A sua composição [das forças nucleares] é adaptada de acordo com os programas de modernização, não só através da inclusão de novos sistemas, mas também através do desmantelamento gradual de sistemas mais antigos", explicou Ryabkov.

Ele acrescentou que não haveria "fortes flutuações quantitativas", o que significa que a Rússia está utilizando uma abordagem passo a passo no desenvolvimento das suas forças nucleares estratégicas.

O Sarmat é considerado a arma mais mortal da Terra, pois pode atacar qualquer lugar e é extremamente difícil de interceptar.

Em fevereiro de 2023, Putin anunciou que Moscou estava suspendendo a sua participação no Tratado Novo START, o que não implicava uma retirada total do acordo. O presidente russo explicou que os EUA e outros países ocidentais pretendem "infligir uma derrota estratégica" à Rússia.

O Novo START (Tratado de Redução de Armas Estratégicas) impôs restrições aos arsenais nucleares russos e norte-americanos. Segundo o acordo, Moscou e Washington poderiam ter, cada um, 700 mísseis, 800 lançadores e 1.550 ogivas posicionadas.

As autoridades russas sublinharam repetidamente que Moscou, como potência nuclear responsável, nunca será a primeira a retomar os testes nucleares, mas estará pronta para respostas espelhadas.

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