Negociadores estão no Cairo para retomar discussões sobre uma trégua nos combates na Faixa de Gaza

As negociações para uma trégua nos combates na Faixa de Gaza devem ser retomadas neste domingo (3), no Cairo, sob forte pressão internacional. A fome ameaça a população do território palestino, após quase cinco meses de conflito entre Israel e o Hamas.


RFI

Uma delegação do grupo palestino Hamas chegou esta manhã ao Egito e deve dar uma resposta oficial à proposta formulada pelos países mediadores e pelos negociadores israelenses, no fim de janeiro.

Cartazes mostram fotos de reféns sequestrados durante o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2024 a Israel. A libertação de reféns faz parte das negociações para uma possível trégua no conflito. Em Tel Aviv, Israel, em 2 de março de 2024. © Carlos Garcia Rawlins / Reuters

Uma autoridade americana garantiu que um acordo de cessar-fogo está "sobre a mesa". A proposta incluiria, numa “primeira fase”, uma pausa de seis semanas nos combates e a libertação de 42 reféns detidos em Gaza, em troca de palestinos presos por Israel.

O governo de Israel não confirmou a sua aprovação total a esse plano. O Hamas, de sua parte, admite que uma trégua é possível em Gaza em 24 ou 48 horas, se Israel aceitar as suas demandas.

Enquanto isso, vários países enviam pacotes de ajuda humanitária com uso de paraquedas, devido à dificuldade de acesso ao território palestino, cercado por Israel desde o dia 9 de outubro.

A ONG International Rescue Committee alertou, no entanto, que a entrega aérea de ajuda "não pode e nem deve substituir o acesso humanitário" e a entrada regular de caminhões no enclave palestino.

O Exército israelense continua bombardeando a Faixa de Gaza e intensificou a sua atuação na cidade de Khan Yunis, no sul, neste domingo, destruindo dezenas de alvos do Hamas, em uma série de ataques aéreos e de artilharia.

Ao menos 92 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.

Ameaça ambiental


No contexto desse conflito, os militares dos Estados Unidos confirmaram que o navio britânico Rubymar, atacado no Mar Vermelho por um míssil dos rebeldes houthis, em apoio aos palestinos, em 19 de fevereiro, afundou com cerca de 21 mil toneladas de fertilizantes à base de sulfato e fosfato de amônio.

O governo do Iêmen teme uma catástrofe ambiental.

De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o transporte de contêineres pelo Mar Vermelho diminuiu em quase um terço, este ano, devido aos contínuos ataques dos rebeldes houthis nesta importante rota comercial.

(Com AFP)

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