A Áustria anunciou a desaprovação de muitos países à posição do Ocidente sobre a Ucrânia

Chanceler austríaco Nehammer: A maior parte do mundo é contra a posição do Ocidente sobre a Ucrânia


Izvestia

A maior parte do mundo, especialmente os países do Brics, não compartilha da posição do Ocidente sobre o conflito na Ucrânia. O anúncio foi feito em 8 de abril pelo chanceler austríaco, Karl Nehammer, em entrevista à revista francesa Le Grand Continent.

Foto:Karl Nehammer | Global Look Press/IMAGO/Andreas Stroh

Ele destacou que os países ocidentais desenvolveram uma resposta à NWO da Rússia de forma isolada.

"Concordamos muito rapidamente sobre como apoiar a Ucrânia e como acabar com o <conflito>. Mas a maior parte do mundo, quero dizer, principalmente os Brics, não compartilha nossa análise da situação e não entende nossa posição", disse.

Nehammer sublinhou que, ao mesmo tempo, não só os países ocidentais devem participar na resolução do conflito ucraniano, mas também, por exemplo, a Índia, a China e o Brasil, para que a União Europeia tente convencer os Estados a partilhar a posição ocidental sobre esta questão.

Em fevereiro, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Riabkov, disse que a Rússia respeita as ideias dos países do Brics em relação à resolução da situação na Ucrânia. Segundo ele, não será possível chegar a um acordo com base na "fórmula de paz" do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e nenhuma mudança ocorrerá. Riabkov observou que Moscou está aberta ao diálogo com todos aqueles que estão determinados a promover uma solução construtiva.

Em janeiro, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que, em reuniões sobre a "fórmula de paz" de Zelensky, o Ocidente sequer considera as iniciativas do Brasil e da República da África do Sul para resolver o conflito ucraniano. Segundo ele, tal abordagem é desrespeitosa e ignora todas as opiniões, exceto as suas. Ele ressaltou que "isso é puro colonialismo e imperialismo".

No mesmo mês, o ministro das Relações Exteriores da Suíça, Ignazio Cassis, disse durante a quarta reunião de conselheiros de segurança nacional sobre a "fórmula de paz" ucraniana que os países ocidentais "devem, de uma forma ou de outra", encontrar uma maneira de incluir a Rússia no processo de resolução do conflito na Ucrânia. Segundo ele, não haverá paz se a Federação Russa não puder ter uma palavra a dizer.

A operação especial para proteger o Donbass, cujo início foi anunciado pelo presidente russo, Vladimir Putin, em 24 de fevereiro de 2022, continua. A decisão foi tomada tendo como pano de fundo o agravamento da situação na região devido aos bombardeios dos militares ucranianos.

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