Israel retira todas as suas tropas terrestres do sul de Gaza, incluindo suas forças de elite
EFE
O exército israelita retirou esta noite todas as suas tropas terrestres do sul da Faixa de Gaza, e apenas uma brigada permanece no enclave, confirmou este domingo à Agência Efe fonte militar.
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| Os palestinos agitam uma bandeira nacional e comemoram sobre um tanque israelense destruído além da cerca fronteiriça no sul da Faixa de Gaza, a leste de Khan Younis, em 7 de outubro de 2023. (Yousef Masoud / Associated Press) |
A retirada ocorre após quatro meses de combates na área de Khan Younis e seis meses após o início da guerra entre Israel e o Hamas em Gaza.
Atualmente, resta apenas uma brigada israelense no enclave palestino que é responsável por garantir um corredor entre o sul de Israel e a costa de Gaza, bloqueando a passagem para o norte da Faixa e facilitando as operações no centro e no norte do território.
Israel preparado para responder a possível ataque do Irã
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse neste domingo que Israel finalizou os preparativos para lidar com "qualquer cenário" contra o Irã, que ameaça retaliar há dias um suposto ataque israelense à embaixada iraniana em Damasco, na Síria.
Gallant fez as declarações após uma reunião hoje com o chefe da Diretoria de Operações do Exército israelense, Oded Basiuk, e o chefe da Diretoria de Inteligência Militar, Aharon Haliva, de acordo com um comunicado das autoridades.
Israel está em alerta máximo após o ataque à embaixada iraniana em Damasco, capital síria, na segunda-feira (1º), no qual pelo menos 19 pessoas morreram, incluindo o comandante sênior da Guarda Revolucionária iraniana, Mohamed Reza Zahedi.
O Irã insistiu, depois de realizar o funeral de Zahedi ontem, que este ataque não ficará "impune" e que haverá uma resposta contra Israel, que acusa de estar por trás dele.
A imprensa israelense afirma que as autoridades iranianas estão planejando um ataque com drones e mísseis de cruzeiro contra o Estado judeu, mas também contra alvos americanos na região. O Irã considera a Casa Branca "cúmplice" do ataque.
O temor de que este ataque atinja o território israelense começa a se afundar entre seus cidadãos, que nos últimos dias estocaram alimentos.
A preocupação da comunidade internacional de que o conflito em Gaza, que já completa seis meses, ultrapasse suas fronteiras tem sido constante durante esse período, devido aos confrontos ocorridos entre Israel e alguns países árabes, cuja relação está mais tensa do que nunca nas últimas décadas.