Rafale chega à Croácia menos de 3 anos após aquisição

Menos de três anos após a assinatura do contrato, em 25 de novembro de 2021, a Croácia recebeu hoje, 25 de abril de 2024, seus seis primeiros caças Dassault Rafale F3. As aeronaves pousaram na base aérea de Velika Gorica, ao sul da capital, Zagreb, já sob comando de pilotos croatas, após treinamento na França. A outra metade será recebida no próximo ano. 


Humberto Leite | Revista ASAS

A chegada dos jatos teve importância nacional. Estiveram presentes o presidente Zoran Milanović, o primeiro-ministro Andrej Plenković e o ministro da defesa Ivan Anušić. A compra de doze caças Rafale, ao valor de um bilhão de Euros, foi a maior compra militar da história da Croácia desde a entrada do país na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), em 2009. A entrega oficial ocorreu em outubro do ano passado, ainda na França. Porém, os oficiais do país ainda estavam em treinamento.

Rafale da Força Aérea da Croácia. Foto: Ministério da Defesa da Croácia

O país tinha pressa para reequipar sua força aérea. Os demais países da aliança pressionam os membros com menor capacidade militar para elevar tanto os investimentos quanto a possibilidade de desenvolver operações em nível técnico avançado. O país contava com menos de uma dúzia de caças MiG-21 operacionais, ainda da época da Iugoslávia, e planejados para aposentadoria final ainda neste ano.

Para haver a entrega rápida e dentro do orçamento disponível, a compra dos Rafale foi feita diretamente com o governo da França. Os jatos deram baixa da Armée de l’air et de l’espace e foram preparados para o novo operador. A entrega da segunda metade também depende do planejamento da frota francesa, atualmente comprometida com essas vendas diretas para exportação. A promessa é de haver ainda décadas de vida útil pela frente e a fabricante, Dassault, irá fornecer apoio técnico.

A compra dos Rafale findou um processo seletivo que envolveu a concorrência de jatos Mirage 2000, Eurofighter, F-16 e Gripen, todos de segunda mão. A primeira opção foi pelos F-16C/D de Israel, porém os EUA vetaram a venda, pois queriam negociar seus próprios F-16C/D Block 70, novos.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem