Dez marinheiros estão desaparecidos após choque de destróier dos EUA em Cingapura

Dez marinheiros estão desaparecidos e outros cinco ficaram feridos após o choque, nesta segunda-feira (21), de um navio militar americano de mísseis teleguiados, o USS John S. McCain, com um navio mercante a leste de Cingapura e da Península de Malaca.


UOL

Segundo o jornal "The Washington Post", navios navios e helicópteros de EUA e de Cingapura lançaram missão de busca e resgate.


Navio militar USS John S. McCain, o destróier envolvido no acidente, em foto de arquivo
Navio militar USS John S. McCain, o destróier envolvido no acidente, em foto de arquivo | US Navy/Reuters

"As informações iniciais indicam que o John S. McCain sofreu danos no lado de bombordo do casco. O alcance dos danos e dos feridos entre o pessoal a bordo está sendo determinado. O incidente será investigado", disse a Marinha americana em nota.

O destróier seguiu para a base naval Changi nesta segunda-feira por meios próprios, apesar da colisão.

Dano significativo no casco resultou no alagamento de compartimentos, incluindo área de acomodação da tripulação, maquinaria e sala de comunicações, de acordo com a Matinha, mas tripulantes conseguiram evitar um alagamento ainda maior.

Quatro dos feridos foram levados de helicóptero do navio para um hospital em Cingapura sem risco de morte, e o quinto não precisou ser hospitalizado.

O barco estava dirigindo-se a Cingapura, após terminar o que a Marinha qualificou como "patrulha de rotina" no Mar da China Meridional. O choque ocorreu às 5h24 locais (18h24 de Brasília).

"É lamentável", declarou o presidente americano, Donald Trump, em sua primeira reação aos jornalistas que o questionaram sobre o acidente em seu retorno a Casa Branca após as férias.

"Pensamentos e orações para nossos marinheiros a bordo do 'John S. McCain', onde acontecem tarefas de resgate", escrevem em seguida no Twitter. "Cindy e eu temos os marujos dos EUA a bordo do USS John S. McCain nas nossas orações esta noite", disse o senador republicano John McCain, sobre o navio que leva seu nome - é uma homenagem ao pai e ao avô do senador, ambos ex-almirantes da Marinha americana durante a Segunda Guerra Mundial.

O navio mercante, ALNIC MC, contra o qual o destróier americano se chocou, é um petroleiro químico de mais de 30 mil toneladas, construído em 2008, segundo informou a rede "CBS".

Ele tem 183 metros de comprimento e 32,2 metros de largura, e navega sob a bandeira da Libéria.

A colisão entre o destróiers de mísseis teleguiados USS John S. McCain e o petroleiro Alnic MC foi a segunda envolvendo embarcações militares norte-americanas e navios mercantes em águas asiáticas em pouco mais de dois meses.

O navio irmão do USS John S. McCain, o USS Fitzgerald, quase afundou na costa do Japão após ser atingido por um navio de contêineres das Filipinas em 17 de junho. Os corpos de sete marinheiros do USS Fitzgerald foram encontrados na alagada área de acomodação da embarcação.

Assim como o Fitzgerald, o USS John S. McCain integra a Sétima Frota dos Estados Unidos, com base em Yokosuka, Jaão.

Este mês, o John S. McCain havia protagonizado um incidente com a China, ao navegar a apenas seis milhas náuticas (11,1 km) do recife Mischief no Mar da China Meridional, construído artificialmente por Pequim.

A manobra, realizada segundo o governo dos Estados Unidos como um exercício de liberdade de navegação, gerou um protesto formal e público de Pequim.

Na ocasião, o porta-voz da diplomacia chinesa, Geng Shuang, afirmou que as manobras do USS John S. McCain haviam violado as leis nacionais e internacionais, afetando "seriamente" a soberania e segurança do país. O recife é parte das ilhas Spratly, cuja soberania é disputada pela China e os países vizinhos. 


Com agências internacionais

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