Visita à base aeronaval


Roberto Godoy – estado SP

O ministro Nelson Jobim vai hoje a Toulon, principal base aeronaval da França no litoral do Mediterrâneo, para conhecer o submarino nuclear de ataque Rubis, um veterano das guerras do Golfo e da extinta Iugoslávia.

É um modelo próximo, embora um pouco menor, do pretendido pelo Comando da Marinha - desloca 2.600 toneladas, mede 73 metros e leva tripulação de 70 homens. O reator é PWR, de água pressurizada, o mesmo tipo que será empregado na embarcação nacional. Jobim pode ver também o Le Terrible, um gigante de 14,2 mil toneladas, lançador de mísseis e ainda em construção.

O conhecimento que falta ao Centro Tecnológico da Marinha, onde o Ministério da Defesa centraliza o programa do submarino atômico, envolve questões sofisticadas que a parceria com a França pode resolver, como a metalurgia do aço HY-100, que permite o uso de placas mais finas e mais resistentes que as convencionais. E certos conceitos gerenciais, como a elaboração dos projetos de concepção, contrato e construção, bastante diferentes dos usados nos submarinos convencionais que o Arsenal do Rio já sabe fazer.

O tratado de cooperação tem um gargalo: a França quer vender ao menos dois submarinos dieselelétricos da classe Scórpene à Marinha, que, entretanto, pré-selecionou, em 2006, o U-214 alemão para integrar a frota que já conta com cinco outros da mesma origem. Um consórcio bancário europeu chegou a anunciar há pouco mais de um ano o financiamento do contrato, no valor de 1.08 bilhão. O primeiro U-214, fornecido à Grécia, jamais funcionou nos testes de mar.

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