Forças Armadas simulam guerra em RR



EDJANE MATHIAS

Do dia 04 ao dia 15 de agosto, O Comando Militar da Amazônia realizará no Amazonas e em Roraima uma grande simulação de guerra, chamada Operação Poraquê. A atividade faz parte de uma programação anual que o Ministério da Defesa promove para manter o treinamento das tropas militares de acordo com o que prescreve uma das missões das Forças Armadas do Brasil, que é manter a soberania nacional.

Segundo o major Georges Kanaan, oficial de Operações da 1ª Brigada de Infantaria de Selva em Roraima, a simulação consiste em criar um país adverso, em que depois de esgotadas todas as tentativas de paz, entra em processo de guerra o país Verde contra o país Amarelo. A operação é desenvolvida em combinado com as três Forças Armadas: Exército, Marinha e Aeronáutica.

Na atividade são empregados praticamente todos os grandes comandos e grandes unidades (brigadas) da Amazônia Ocidental e Oriental. Entre elas estão: 1ª Brigada de Infantaria de Selva de Roraima, 16ª Brigada de Infantaria de Selva de Tefé, 17ª Brigada de Infantaria de Selva de Porto Velho, 23ª Brigada de Infantaria de Selva de Marabá, unidades tropas da Marinha e Força Aérea.

Também participarão unidades estratégicas como a Brigada de Infantaria Pára-Quedista do Rio de Janeiro, Brigada de Infantaria de Operações Especiais de Goiânia, Brigada de Infantaria Leve de São Paulo, Companhia de Guerra Eletrônica de Brasília e Grupo Lançador de Foguetes e Artilharia Divisionária.

A Força Aérea ainda utilizará 43 aeronaves diversas vindas de todas as partes do país. Ao todo serão 3.550 homens participando da Operação Poraquê. Cerca de 800 deles só da 1ª Brigada de Infantaria de Selva de Roraima.

De acordo com o major Georges Kanaan, a área de abrangência da operação abrange do Estado de Roraima, principalmente a partir de Caracaraí para o Sul nas localidades de Rorainópolis, Novo Paraíso, Nova Colina, Vila Equador e Jundiá, e parte da região Norte do Amazonas, abrangendo a Usina Hidroelétrica de Balbina, Calha do Rio Negro e parte da conhecida Cabeça de Cachorro, próximo de São Gabriel da Cachoeira.

Durante o treinamento serão realizados diversos tipos de operações defensivas e ofensivas, como lançamento de pára-quedistas, ações ribeirinhas, infiltrações em área de selva, emprego de blindados, aeronaves de caça, transportes e navios de patrulhamento fluvial.

ACISO - Além do treinamento, de acordo com o Major Georges Kanaan, oficial de Operações da 1ª Brigada de Infantaria de Selva em Roraima, a principal meta da Operação Poraquê, em Roraima será o desenvolvimento de uma grande Ação Cívico Social , chamada pelos militares de Aciso, com o objetivo de atender, durante três dias, a população de Jundiá e de toda região vizinha, incluindo vicinais, com diversos tipos de prestação de serviços.

“Nós até aproveitamos para fazer uma convocação para que as pessoas nos dias 6, 7 e 8 de agosto compareçam até Jundiá para participarem da Ação”, ressaltou. Os atendimentos serão realizados das 7h30 às 18h e serão ofertados atendimentos médicos nas áreas de pediatria, dermatologia, ginecologia com exame preventivo, oftalmologia, clínica médica, odontologia com extração e obturação e veterinária.

Também serão realizadas expedição de documentos como Carteira de Identidade e CPF (primeira via), serviços cartorários, Justiça Itinerante, benefícios sociais como aposentadoria, auxílio doença, entre outros, corte de cabelo e palestra sobre higiene bucal. Dão apoio à Ação o INSS, Incra, MDA, Sesc e Polícia Militar. A expectativa é atender a 4 mil pessoas durante a ação.

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