Incorporação da Corveta "Barroso"



No próximo dia 19 de agosto, três anos após a retomada do projeto de construção, a Marinha do Brasil incorporará a Corveta “Barroso” à Armada. A cerimônia contará com a presença do Ministro da Defesa e do Comandante da Marinha, entre outras autoridades.

Projeto que contribui com o resgate da capacidade e da tecnologia da construção naval militar brasileira, a Corveta “Barroso” é o resultado do aperfeiçoamento do projeto das Corvetas Classe Inhaúma, construídas anteriormente no Brasil, e incorporou melhorias e desenvolvimentos tecnológicos que aprimoraram o desempenho do navio.

Com uma autonomia de 30 dias e raio de ação de 8.000 km, o mais novo escolta da Esquadra Brasileira oferecerá uma maior capacidade de proteção ao tráfego marítimo nacional, responsável por 95% do fluxo de comércio exterior brasileiro, proporcionará maior proteção aos nossos campos petrolíferos e ampliará o poder de dissuasão do Brasil no mar.

Na execução do projeto de construção, a Marinha teve como meta a busca da nacionalização, principalmente daqueles com elevado grau de complexidade técnica que agregariam tecnologia de ponta ao setor industrial associado do País. O índice médio de nacionalização dos sistemas de bordo é de aproximadamente 57%, dentre os quais se destacam: Sistema de Controle Tático; Sistema de Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica; Sistema de Controle e Monitoramento da Propulsão, auxiliares e de Controle de Avarias; Sistema de Lançamento.

Características gerais da Corveta “Barroso”

1. Sistema Nacional de Controle Tático e Armas – SICONTA Mk III (nacional)

2. Comprimento total de 103,4 metros

3. Boca máxima – 11,4 metros

4. Calado de navegação – 6,20 metros

5. Deslocamento carregado – 2.400 toneladas

6. Sistema de propulsão – CODOG
a. 2 Motores MTU 1163 TB 93 8.000 HP
b. 1 Turbina GE LM 2.500 29.500 HP

7. Geração de Energia
a. 4 Motores MTU 8V 396 TE 54
b. 4 Geradores Siemens 650 KW

8. Velocidade máxima c/ turbina – 30 nós

9. Velocidade máxima c/ motor – 22 nós

10. Raio de ação a 12 nós – 4.000 milhas náuticas

11. Autonomia – 30 dias

12. Tripulação – 145 militares

13. Sistema de Controle e Monitoração SCM (nacional)
a. Subsistema de Controle e Monitoração de Propulsão e Auxiliares – SCMPA
b. Subsistema de Controle de Avarias – SCAv

Principais sensores do navio

1. Radar de busca combinada – RAN-20S
2. Radar de superfície – THERMA SCANTER
3. Radar de Direção de Tiro – RTN-30X
4. Radar de Navegação Furuno FR 8252
5. Alça Optrônica – EOS-400-10B (SAAB)
6. Alça Óptica com computador de tiro de emergência (nacional)
7. MAGE – DEFENSOR (nacional)
8. Sonar de casco – EDO-997 C
9. Sistema de navegação inercial – SIGMA 40 INS (SAGEM)

Armamento

1. Canhão 4.5” VICKERS Mk-8
2. Canhão 40mm Mk-3 BOFORS
3. Sistema de lançamento de mísseis EXOCET ITL-70A (MM40 Block 1 / Block 2)
4. Sistema de lançamento de torpedos Mod. 400 (nacional)
5. Sistema de lançamento de despistadores de mísseis (SLDM) – Chaff (nacional)

Operações aéreas

1. Aeronave Orgânica (Super Lynx), podendo ser armada com:
a. Míssil ar-superfície SEASKUA
b. Torpedo Mk-46
c. Bomba de profundidade Mk-9

2. Indicador visual estabilizado de rampa de aproximação – IVERA (nacional)

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