Separatistas da Abkházia atacam região disputada da Geórgia



Por Ilya Kachayev

SUKHUMI, Geórgia (Reuters) - A região separatista de Abkházia disse no sábado ter lançado uma operação para retirar a Geórgia de um disputado desfiladeiro, possivelmente abrindo uma "segunda frente" na batalha de Tbilisi para manter a unidade de suas regiões.

O ministro das Relações Exteriores separatista Sergei Shamba disse que a artilharia da Abkházia e aviões de guerra atingiram as forças da Geórgia em Kodori, um desfiladeiro que corta profundamente o território da Abkházia e que é uma rota ideal para qualquer invasão na região.

O ataque ocorreu menos de 48 horas após a Geórgia enviar tropas para retomar a província separatista de Ossétia do Sul, provocando a intervenção de forças russas que invadiram a região para manter o status quo.

"As forças de Abkházia, em reposta à agressão georgiana à Ossétia do Sul, deram início a uma operação militar no desfiladeiro de Kodori para expulsar tropas ilegais georgianas", disse Shamba à Reuters.

Shamba disse que aviões de guerra de Abkházia lançaram ataques aéreos na região mais elevada do desfiladeiro de Kodori controlada por Tbilisi e a artilharia estaria destruindo a região.

"Hoje foi apenas a parte inicial da operação de artilharia pesada apoiada por ataques aéreos", disse Shamba.

Os georgianos negam o forte ataque da Abkházia e dizem estar preparados para enfrentar qualquer agressão.

"Os rebeldes da Abkházia não atacaram as forças georgianas", disse Kakha Lomaia, secretário do Conselho de Segurança da Géorgia.

"Nós temos tropas suficientes para reagir adequadamente e nos defender em Kodori."

Abkházia e Ossétia do Sul, que são apoiadas pela Rússia, se separaram da Geórgia após guerras sangrentas no início dos anos 90 e dizem não aceitar nada menos do que a independência total. A Geórgia vê a unidade das regiões como uma prioridade nacional.

Os líderes de Ossétia do Sul e Abkházia prometeram cooperar na oposição à Geórgia.

Após a Geórgia enviar tropas à Ossétia do Sul, a Abkházia colocou suas forças mais próximas à fronteira da Geórgia e enviou mais de 1.000 voluntários à província atacada.

Os líderes separatistas suspeitam que o presidente pró-ocidente Mikheil Saakashvili planeja a retomada das províncias pela força. Saakashvilli prometeu encontrar uma maneira pacífica para a reintegração.

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