Exército estuda compra de radares antiaéreos

Roberto Godoy
Radar SLC-2
O Comando do Exército estuda a compra de radares de defesa antiaérea na China. Essa, todavia, não é a única possibilidade: os especialistas da Força "estão pesquisando equipamentos junto a fornecedores de vários paises, entre os quais os chineses", segundo o general Adhemar da Costa Machado Filho, o porta-voz do Comando. O Exército quer adquirir um sistema antiaéreo tridimensional digital, de modo variável de detecção. A Venezuela contratou nove conjuntos JYL-1, chineses, com alcance de 450km. Cada unidade é operada por oito militares e é acompanhada por um centro de controle. Pode alimentar redes de coleta de informações e fornecer dados para a artilharia baseada em mísseis e canhões de disparo rápido. O custo total da encomenda de Hugo Chávez é estimado em US$ 150 milhões. Os radares da China oferecidos ao Brasil são mais avançados, da última geração. O tipo SLC-2, por exemplo, localiza granadas de obuzes, foguetes e mísseis táticos em pleno vôo, no limite de 50km, permitindo fogo de interceptação com armas de saturação. Há tipos leves, de porte individual, que são capazes de identificar o movimento de veículos a 5km e de pessoal a 2km. Os pesados, de transporte por carretas 6x6, atuam além de 400km. A seleção e encomenda do novo sistema antiaéreo é prioridade elevada no reaparelhamento do Exército. O material incorpora avançada tecnologia, implicando uma cadeia logística de alto custo. O Exército emprega um equipamento nacional, o EDT-Fila, da Avibrás Aeroespacial agregado com os canhões Bofors L-70 e Oerlikon de alta cadência. Nos anos 80 eram listadas duas baterias de mísseis franceses. O equipamento não é mais citado no inventário. Desde 1994 são empregados mísseis de porte pessoal russos.

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