Israel rejeita cessar-fogo e mantém ataques em Gaza pelo 5º dia



Os líderes de Israel decidiram rejeitar a proposta de cessar-fogo de 48 horas nos ataques realizados na faixa de Gaza. Nesta quarta-feira (31), o país enviou mais aviões e helicópteros para bombardear a região pelo quinto dia seguido, supostamente com o objetivo de destruir a capacidade militar do grupo extremista Hamas.

A decisão de rejeitar a trégua vem em um momento em que Israel sofre pressão internacional para suspender os ataques. A proposta de cessar-fogo por 48 horas foi feita pelo ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, em nome de ministros da União Européia.

"A proposta feita pelo ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, para um cessar-fogo unilateral e temporário não é útil e é evidente que o Hamas não vai parar de lançar foguetes sobre Israel", afirmou um oficial que preferiu não se identificar. A reunião sobre o assunto teve participação do primeiro-ministro, Ehud Olmert, e a ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni, o ministro da Defesa, Ehud Barak,

O objetivo do cessar-fogo era testar se o Hamas cumpriria a trégua temporária e interromperia o lançamento de foguetes Qassam em território israelense. Além disso, a trégua teria fins humanitários.

Israel continua a posicionar tropas e armamento na fronteira com Gaza, em uma indicação do início de ataques terrestres na região. O governo aprovou um plano para convocar mais 2.500 mil reservistas -- nesta semana, já havia sido dada a autorização para a convocação de 6.700 reservistas.

Os bombardeios sobre Gaza começaram no sábado (27) e têm o objetivo declarado de destruir a capacidade militar do grupo extremista Hamas. Segundo levantamento de agências internacionais, o número de palestinos mortos ultrapassou 380 e há ao menos 1.700 feridos. Segundo Israel, a ofensiva é uma resposta à violação -- com o lançamento de foguetes -- do Hamas a uma trégua de seis meses que acabou oficialmente no último dia 19.

A atual operação militar contra Gaza começou uma semana depois do fim de um cessar fogo entre Israel e o grupo radical Hamas, que domina a faixa de Gaza desde junho de 2007. O acordo foi negociado sob intermediação egípcia, mas não foi renovado devido a acusações mútuas entre Israel e o Hamas de desrespeito aos termos da trégua.

Enquanto há sinais nos bastidores de que pode haver uma solução negociada para a atual crise, o governo israelense demonstra ostensivamente seus preparativos para continuar combatendo. Já o Hamas ameaçou atingir o território israelense de forma mais profunda, com foguetes, se o Estado judaico continuar sua ofensiva.

Pressão internacional

Em Paris, a União Européia e os outros membros do Quarteto para o Oriente Médio (EUA, UE, ONU e Rússia), que estão em uma reunião de emergência, apelam por uma trégua humanitária em Gaza.

A Comissão Européia, em Bruxelas, voltou a pedir ao Hamas e a Israel que cessem os ataques e fez um apelo por "medidas urgentes" para permitir o acesso de ajuda humanitária à população civil de Gaza.

No Egito, o presidente Hosni Mubarak também pediu o fim imediato dos ataques aéreos israelenses. 'Nós dissemos a Israel que suas agressões são rejeitadas e condenadas e que devem cessar imediatamente', disse.

Com agências internacionais

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