Líder supremo do Irã afirma que muçulmanos devem defender Gaza



O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, afirmou neste domingo que todos os muçulmanos são obrigados a defender a população de Gaza dos ataques israelenses.

"Todos os mujahidin [guerreiros sagrados] palestinos, assim como todos os crêem no mundo de Islã, devem cumprir sua obrigação histórica de fazer uma frente única contra o regime sionista", disse Khamenei, citado pela agência de notícias Isna.

Máxima autoridade na hierarquia de poder do Irã, Khamenei condenou categoricamente "os horríveis crimes" cometidos pelos "sionistas" em Gaza.

Além disso, o clérigo iraniano acusou o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, de ser cúmplice de Israel e criticou o silêncio das organizações internacionais e dos dirigentes árabes diante destes "crimes".

Khamenei chamou a administração Bush de "governo criminoso" e disse que os executivos europeus "demonstraram com seu silêncio a falsidade de suas idéias de defender os direitos humanos".

Também hoje, membros do Parlamento iraniano se concentraram na Praça Palestina, no centro de Teerã, para protestar contra os ataques israelenses em Gaza, que deixaram até agora 270 mortos.

O governo de Israel aprovou hoje a convocação de 6.500 reservistas para uma eventual invasão militar de Gaza por terra, com o objetivo de apoiar os bombardeios aéreos que já deixaram 270 mortos e mais de 700 estão feridos. Pelo segundo dia consecutivo, os israelenses arremessaram neste domingo cerca de 100 bombas contra os palestinos.

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, disse hoje que o governo usará de "sensatez, paciência e firmeza" na gestão do ataque iniciado sábado na faixa de Gaza. Em resposta, as milícias palestinas dispararam mais de 50 foguetes -- o que chegou mais longe caiu perto de Ashdod, a cerca de 37 quilômetros da faixa de Gaza.

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