Novo general brasileiro assume comando no Haiti

Militar será o 5º oficial do Brasil na chefia da missão da ONU no país



Tahiane Stochero*

SÃO PAULO. O novo comandante brasileiro da missão de paz das Nações Unidas no Haiti (Minustah), general Floriano Peixoto Vieira Neto, assumirá o posto no dia 9 de abril. Ele substituirá o general gaúcho Carlos Alberto dos Santos Cruz, há dois anos no comando da Minustah, que voltará ao Brasil para ser promovido a general de Divisão (três estrelas). A nomeação de Viera Neto foi aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU.

A proposta de promoção de Santos Cruz foi entregue na sexta-feira pelo Comando do Exército ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A cerimônia oficial será em 31 de março, mas o general só chegará ao Brasil no final de abril, após um período de descanso. Ele deve assumir um cargo no Comando Militar do Sudeste, em São Paulo.

Brasil tem o maior contingente na Minustah

Homenageado pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, devido ao sucesso na luta contra os grupos armados no Haiti, Santos Cruz comandou as operações militares para a pacificação de Cité Soleil, região da capital haitiana, Porto Príncipe, considerada pela ONU como uma das mais violentas do mundo. Por este motivo ele foi designado para permanecer no Haiti por três anos seguidos.

Em setembro de 2008, a ONU pediu ao Exército que mantivesse Santos Cruz até 2010 no cargo. O governo brasileiro negou o pedido, informando que precisava que o general retornasse a Brasília para "progressão na carreira", sugerindo outros três candidatos.

Em dezembro, os três generais foram entrevistados em Nova York e o general Floriano Peixoto foi escolhido. Natural de Tombos, no estado de Minas Gerais, o general Floriano Peixoto será o quinto brasileiro a comandar a força de paz no Haiti e já chefiou operações no primeiro contingente do Brasil na Minustah, em 2004.

Atuando há cinco anos na pacificação do Haiti, o Brasil tem o maior número de militares na missão da ONU, cerca de 1.300 homens.

*Do Diário de S. Paulo

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