Coreia do Norte volta a preocupar

País dispara cinco mísseis depois de dizer que aceita voltar a negociar seu programa nuclear
 
Jornal do Brasil

A Coreia do Norte disparou cinco mísseis de curto alcance na sua costa leste e proibiu a navegação na região entre os dias 10 e 20 de outubro, disse ontem uma fonte governamental à agência sul-coreana de notícias Yonhap, sem que as autoridades sul-coreanas tivessem se manifestado formalmente a respeito.

Os últimos lançamentos de mísseis feitos pela Coreia do Norte até então haviam ocorrido há cerca de três meses. Os novos lançamentos confundem a comunidade internacional, já que o regime comunista norte coreano disse recentemente estar preparado para retomar as negociações multilaterais sobre o seu programa nuclear, insistindo que, antes, deva ocorrer um diálogo direto com os Estados Unidos.

O anúncio de ontem não deixou claro se se trataram de exercícios militares de rotina, mas os lançamentos coincidem com relatos de que os EUA poderiam enviar hoje seu porta aviões USS George Washington para o porto sul-coreano de Busan.

O recluso regime norte-coreano tem centenas de mísseis de curto alcance, com capacidade de atingir a capital da Coreia do Sul, Seul, e sua ampla região metropolitana, onde vivem 25 milhões de pessoas.

Em maio, a Coreia do Norte testou uma arma nuclear e vários mísseis balísticos, atraindo sanções internacionais. Analistas dizem que Pyongyang, em situação econômica desesperada, faz essas manobras para conseguir negociar termos mais benéficos em suas negociações com o exterior.

Uma resolução da ONU proíbe a Coreia do Norte de disparar mísseis balísticos, mas não há acordos internacionais que impeçam o país de testar mísseis de curto alcance.

Hillary

A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, reagindo aos relatos sobre os lançamentos de mísseis da Coreia do Norte ontem, disse que os EUA continuarão a trabalhar procurando uma península coreana livre de armas nucleares.

Ela afirmou ainda que os EUA e seus aliados tentavam demonstrar à Coreia do Norte que a comunidade internacional não aceitará a continuidade de seu programa nuclear.

– Nossos objetivos continuam os mesmos. Temos a intenção de trabalhar por uma península coreana livre de armas nucleares – disse Clinton durante uma conferência ontem, em Belfast.

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