Nações Unidas renovam missão de paz no Haiti

Conselho de Segurança recomenda apoio para eleições de 2010

Marília Martins Correspondente - O Globo

NOVA YORK. O Conselho de Segurança da ONU aprovou ontem, por unanimidade, a prorrogação por mais um ano da Missão da ONU para a Estabilização do Haiti (Minustah), liderada pelo Brasil. Os 15 membros do conselho consideraram que ainda existe "ameaça para a paz e a estabilidade na região e que, por isto, os esforços da missão continuam sendo necessários".
 
A resolução elogia o trabalho das tropas da ONU, mas recomenda mudanças. Entre elas, a necessidade de reforçar a polícia haitiana, sobretudo em regiões de mais difícil acesso, e de apoiar o processo político para a realização de eleições em 2010. O Brasil lidera atualmente uma força de paz que conta com nove mil soldados, enviada em 2004, após a queda do presidente Jean-Bertrand Aristide.
 
Nestes cinco anos, 13 mil soldados brasileiros já estiveram no Haiti. Hoje, há 1.298.
 
— O balanço do nosso trabalho foi muito positivo e, com isto, ampliou-se o apoio à liderança do Brasil numa missão importante da ONU. A liderança brasileira recebeu apoio unânime não só dos membros do conselho como também de todos os países que participam com soldados na missão de paz — avaliou Maria Luíza Viotti, embaixadora do Brasil na ONU.

Segundo o Exército brasileiro, as tropas do país contribuíram para a "diminuição dos índices de criminalidade, retorno da liberdade de movimento em áreas em que esta era restrita e retorno da atividade comercial", antes restrita por gangues.

Ontem, foi também iniciada a investigação sobre o acidente aéreo que deixou 11 mortos, seis uruguaios e cinco jordanianos.

Eles participavam de missão de reconhecimento no Haiti quando o avião chocou-se com uma montanha. Especialistas da ONU participam das investigações.

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