Para Colômbia, Unasul é leniente com Chávez

Efe, BOGOTÁ

A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) - tida como um dos pilares da política brasileira para a América do Sul - foi acusada ontem pelo chanceler colombiano, Jaime Bermúdez,de adotar um comportamento "decepcionante e paradoxal" na recente escalada da crise entre Colômbia e Venezuela.

"É surpreendente e decepcionante que a Unasul, que busca exatamente em seu Conselho de Defesa a tranquilidade, a estabilidade e a paz na região, não tenha dito nada", disse Bermúdez em referência ao chamamento feito há duas semanas pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, para que seus militares e cidadãos estivessem "preparados para a guerra" contra a Colômbia e os EUA.

"Chama a atenção que o chefe de Estado de um país da região, membro da Unasul, tenha utilizado uma linguagem bélica e falado de guerra sem que a Unasul faça nenhum comentário a respeito", disse o chanceler, no ataque mais direto à organização desde a sua criação, em março do ano passado.

Chávez respondeu ontem às declarações de Bermúdez e disse que o chanceler e o presidente colombianos eram uns "desgraçados". No sábado, Chávez descartou a hipótese de normalizar as relações com Bogotá, suspensas desde agosto, por causa do acordo que permite aos EUA usarem até sete bases militares da Colômbia.

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