Armas estrangeiras no Brasil

Josué Souto Maior Mussalém - Jornal do Commércio (PE)

O Brasil sempre usou armas importadas da Europa e dos Estados Unidos. Logo após a Primeira Guerra Mundial foi dada ênfase à criação dos esquadrões de aviões para o Exército e para a Marinha do Brasil. Na época não existia a Força Aérea Brasileira (FAB), a qual seria criada em 1941.

Assim, a Aviação Militar, que pertencia ao Exército, e a Aviação Naval, que pertencia à Marinha, usaram aparelhos de fabricação francesa e americana, mas com forte ênfase nos modelos franceses.

O Exército também adotou canhões de 75 mm da marca Schnaeider, de fabricação francesa, e a doutrina de combate foi toda estruturada na Missão Militar Francesa, que esteve no Brasil de 1919 até junho de 1940, quando a França capitulou junto aos alemães na Segunda Guerra Mundial...

Nos anos 30, o Exército também comprou uma pequena quantidade de carros de combate da marca Renault e outro tipo da Ansaldo, os primeiros de fabricação francesa e os segundos de produção italiana. Em 1932, o Brasil adquiriu cerca de 100 mil fuzis belgas à Fabrica FN. No ano de 1938, o Exército Brasileiro celebra com a Fábrica Krupp, da Alemanha, o maior contrato externo feito por aquela empresa, comprando nada menos do que 1.088 canhões de diversos calibres, desde os de campanha 75 mm, 105 mm e 155 mm, até os antiaéreos 75 mm e 88 mm, este último que seria o mais temido canhão antiaéreo da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. Durante o período de 1941 a 1945 as compras brasileiras de armamento voltaram-se para o único arsenal disponível do mundo, que eram os Estados Unidos. No período, recebemos uma imensa quantidade de armas leves e pesadas, além de 5 mil viaturas motorizadas, sem falar em 450 aviões e 24 navios de guerra. Em 1945, o Brasil era a mais moderna potência militar da América Latina. Em 1952, Getúlio Vargas autoriza a compra de dois cruzadores para a Marinha de Guerra e de 71 caças a jato ingleses Gloster Meteor, para a FAB.

Em 1957, Juscelino autoriza a compra do porta-aviões Minas Gerais, na Grã-Bretanha, e caças F-80 americanos, para a FAB. O Exército compra 300 tanques M-41 nos Estados Unidos. Nos anos 70, a FAB volta-se para a França e adquire 17 caças Mirage, supersônicos, além de um certo número de aviões de treinamento avançados Fouga Magister, alguns deles designados para a Esquadrilha da Fumaça.

Nos anos 70, a FAB compra 42 caças-bombardeiros supersônicos aos EUA, os quais estão sendo remodelados. Nos anos 80, a Marinha compra torpedos ingleses e mísseis antinavio franceses, os famosos Exocet. Finalmente, em 2010, o presidente Lula vai ter que decidir entre caças franceses e caças suecos.

Lula, para agradar Sarkozy (ou seria Carla Bruni???), quer os caças Rafalle, a FAB quer os caças Grippen. Qualquer que seja a opção, vai dar o que falar...

Josué Souto Maior Mussalém é economista

2 Comentários

  1. Boa colocação,mas pergunto:um país como o nosso que tem gente morrendo de fome pedindo esmola,sem agua para irrigar suas plantações principalmente no nordeste,pode se dar este luxo de fazer estas doações,não que este povo sofrido não mereça pelo contrario mas pergunto e nosso povo. se os USA quer mostrar sua força,que mostrem com caridade,pois até agora só mestram guerra e tristeza. vamos ver se aprendem com a disgraça dos outros pois com a deles ainda não aprenderam.

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  2. "Lula, para agradar Sarkozy (ou seria Carla Bruni???)..."
    Esse Mussalém é um paraquedista, economista falando o que não sabe!
    E querendo dar uma de comediante.
    Gosta de piadinha é? Matusalém!
    Vai catar sapo... Se não sabe escrever verdade, então não invente!

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