Gays pedem que Senado barre general no STM

Casal também envia carta a Lula
 
O Globo
 
BRASÍLIA. Presos após assumirem um relacionamento homossexual em 2008, o ex-sargento Fernando Alcântara de Figueiredo e o sargento Laci Araújo pediram ontem ao Senado que barre a indicação do general Raymundo Nonato de Cerqueira Filho para o Superior Tribunal Militar (STM). O oficial provocou polêmica na semana passada ao afirmar, na Comissão de Constituição e Justiça, que é contrário à presença de gays nas Forças Armadas. Em requerimento entregue à Mesa Diretora do Senado, os dois dizem que, se tiver a indicação confirmada, o general julgará ação contra Laci no STM.
 
— Pedimos que o Senado não homologue o nome do general.

Sua declaração foi homofóbica e preconceituosa — disse Figueiredo.

O militar também enviou carta ao presidente Lula, responsável pela nomeação do general para uma cadeira no STM. "Se Vossa Excelência decidir pela confirmação (...), estaremos contribuindo para que se torne inócua a Carta que rege a magistratura, uma vez que a demonstração de discriminação injusta ou arbitrária de qualquer pessoa ou instituição é atentatória à dignidade do cargo", diz o texto, também assinado pelas ONGs Tortura Nunca Mais e Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Transexuais e Travestis.

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