Estados Unidos têm plano para atacar Irã

Jornal do Brasil

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, Mike Mullen, informou que o país já arquitetou um plano de ataque ao Irã caso o país produza armas nucleares, mas ressaltou que não deseja que a situação entre os países chegue a esse ponto. O alto funcionário do governo expressou preocupação com as consequências “difíceis de prever” de uma ofensiva à República Islâmica, “uma região tão incrivelmente instável”.

– As opções militares estiveram sobre a mesa e seguem estando – disse Mullen, em entrevista a um programa da rede de televisão NBC. – Qualquer uma das opções me preocupa muito. Em resposta à declaração, a Guarda Revolucionária do Irã, braço armado do governo de Mahmoud Ahmadinejad, ameaçou a segurança do Golfo Pérsico, região estratégica para os americanos.

– Vamos nos defender contra qualquer ação dos Estados Unidos ou de Israel – disse o general Yadollah Khavani, assessor para assuntos políticos do chefe dos Guardiões da Revolução, segundo a agência de notícias Irna. – A segurança do Golfo Pérsico cabe a todos ou a ninguém.

Mulle, principal conselheiro militar do presidente, Barack Obama, e do secretário de Defesa, Robert Gates, lembrou que a decisão de um eventual ataque deve ser tomada pelo presidente. O debate sobre a questão do possível ataque é mais um episódio na pressão americana sobre o Irã, que mantém seu programa nuclear apesar das sanções já sofridas no Conselho de Segurança da ONU e, individualmente, por países que o compõem.

Tropas no Afeganistão

Em entrevista a um programa da rede de televisão ABC, o secretário Robert Gates assegurou que a retirada das tropas americanas do Afeganistão, prevista para julho de 2011, será limitada. O país deve manter um grande número de soldados, apesar der ter sofrido 66 baixas em julho, o mês mais mortífero desde a invasão ao país, em 2001.

As forças de segurança internacionais vão perder o apoio dos cerca de 150 soldados holandeses, que devem deixar a região de Uruzgan, ao sul do país, em um semana. Segundo o portavoz do Exército, major Henk Asma, a tropa será substituída por forças militares americanas, australianas, eslovacas e cingapurianas.

Para o general Josef Blotz, porta-voz da Organização do tratado do Atlântico Norte (Otan), a retirada não significa o enfraquecimento da coalizão internacional. A missão holandesa é considerada uma das mais efetivas pelos afegãos, mas não é vista com bons olhos na Holanda.

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