Jogos Mundiais Militares servirão como laboratório para as empresas de tecnologia da informação

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro - Os Jogos Mundiais Militares, que ocorrerão no Rio de Janeiro em 2011, serão utilizados pelo setor de tecnologia da informação (TI) como um “grande laboratório” para gerar experiências para as empresas brasileiras, visando à Copa das Confederações em 2013, a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, disse Alberto Blois, diretor da Riosoft (agente do programa Softex do governo federal no Rio de Janeiro) e também coordenador da Rede Rio TI Esportes.

“Só para você ter uma ideia, os Jogos Militares, em termos de infraestrutura, são maiores do que o Panamericano de 2007. A gente está falando aí de um evento com mais de 100 países e quase 7 mil atletas”, disse. As entidades de TI fluminenses estão conversando também com dirigentes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para abrir espaço para as empresas nacionais participarem dos eventos. Blois participou hoje (31) da abertura do Rio Info, fórum de negócios e oportunidades de TI, que se estenderá até o próximo dia 2 de setembro, na capital fluminense.

Ele chamou a atenção para o fato de que, durante a Copa do Mundo na África do Sul, “não aconteceu nada em termos de mobilidade e interatividade no Brasil para a grande população”. Esse quadro terá que mudar para 2014 e ser aprimorado para 2016, sugeriu. “Está todo mundo no zero. Então, quem fizer primeiro e colocar essa experiência em primeiro lugar à disposição do mercado, vai gerar uma grande demanda pela frente”.

Blois recomendou que as empresas brasileiras de TI devem “sair do trivial” e apostar em segmentos onde possam ter maiores oportunidades de expansão. Durante o Rio Info, será realizado um encontro de negócios (Rede TI Esportes), no dia 2, que vai discutir as oportunidades ligadas aos megaeventos esportivos no país.

O diretor da Riosoft antecipou que serão mostradas soluções inovadoras voltadas para a performance dos atletas, controle, disseminação de resultados, divulgação e transmissão, entre outros segmentos de TI. Ele destacou que o avanço das tecnologias permitirá que em 2014, os jogos sejam transmitidos via celular com as imagens feitas pelo dono do aparelho. “Vai ser uma Copa com muita interatividade e individualidade. Vendo a Copa sob prismas diferentes. Eu acho que isso tudo são oportunidades para as empresas”.

Blois acredita que esse processo vai gerar continuidade para as empresas brasileiras que poderão se aproximar de Portugal e da Espanha, países candidatos a sediar a Copa do Mundo de 2018.

“Então, se a gente já tem uma pré-parceria com empresas de Portugal e uma competência estabelecida nos Jogos Militares, na Copa e nas Olimpíadas, a gente dá sequência nisso dentro da Europa. E, aí, é coroar esse ciclo todo”.

O diretor da Riosoft não tem dúvidas de que essa estratégia pode dar resultados concretos daqui a oito anos. “Ela vai se construindo ao longo desses oito anos. As empresas vão se encorpando, vão gerando competência e negócios. É uma continuidade daí para a frente”. O potencial é mais significativo para as empresas de software [programas de computador], principalmente, afirmou. Acrescentou que os megaeventos esportivos podem agregar novas tecnologias e soluções inovadoras para as empresas nacionais de TI.

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