Tropas contra o fogo

Tocantins segue exemplo de Mato Grosso e também pede ajuda ao Exército

Jornal de Brasília

A exemplo de Tocantins, o Estado do Mato Grosso também requisitou a ajuda do Exército para combater as queimadas. Ontem, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente em Mato Grosso (Ibama) convocou as tropas para ajudar no combate as queimadas na região do Araguaia.

Segundo o coordenador estadual do programa PrevFogo, do Ibama, Cendi Ribas Berni, o Exército montará uma base de atuação na Ilha do Bananal do lado do Mato Grosso, onde a "situação é mais crítica hoje". A ilha está em chamas há mais de um mês. Serão 50 homens acampados na ilha, que é a maior fluvial do mundo, com 20 mil quilômetros quadrados de extensão e faz divisa com o Goiás, Tocantins e Mato Grosso.

Atualmente a preocupação do órgão é com a região do Araguaia, na divisa com o Tocantins, onde existe um mosaico de unidades de conservação – terras indígenas, parques estaduais e federais – em terras contínuas.

AUMENTO DE 800%

Dados oficiais apontam que as queimadas aumentaram cerca de 800% em agosto se comparado com o mesmo período do ano passado. Até o início de julho, o Ibama aplicou 55 multas (R$ 55 milhões) por queimadas ocorridas em seis mil hectares em Mato Grosso. Berni explicou que este número tende a crescer porque, entre julho e agosto, aumentaram as áreas queimadas e o número de combates realizados pelos brigadistas do Ibama.

De julho a agosto foram 251 incêndios florestais combatidos pelas equipes espalhadas em nove bases do PrevFogo no Estado, atendendo 14 municípios. A escolha das localidades para sediar a base do programa do Ibama foi baseada em critérios técnicos, segundo Cendi Ribas.

O Ibama estava concentrando suas ações na região noroeste do Estado, mas agora desloca para a região do Araguaia, onde a situação é mais severa. O órgão dispõe de 210 homens para combater focos de queimadas.

Mais de 67% dos focos de incêndio em todo o País, segundo o Ministério do Meio Ambiente, estão em áreas privadas. Eles acontecem porque proprietários de terras e índios usam fogo para manejo de lavouras e perdem o controle.

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