Entenda o cenário da CRUZEX V

Rafaela Monteiro/UFRN 

Os céus do Nordeste serão o palco do maior exercício aéreo combinado da América do Sul, com dezenas de aeronaves de caça e cerca de tres mil militares participando da quinta edição da Operação Cruzeiro do Sul (CRUZEX V). O exercício irá envolver as bases aéreas de Natal (BANT), Fortaleza (BAFZ) e Recife (BARF), bem como desdobramentos nas cidades de Mossoró- RN e Campina Grande- PB. Além das aeronaves das Forças aéreas da Argentina, Brasil, Chile, França, Estados Unidos e Uruguai, o Exercício terá observadores da Bolívia, Canadá, Colômbia, Equador, Inglaterra e Paraguai.

A CRUZEX V é baseada na simulação de um conflito que evoca um cenário semelhante ao da primeira Guerra do Golfo, em 1991,  quando o Iraque invadiu o Kwait e mais tarde foi forçado a se retirar por uma ampla coalizão formada sob a tutela do Conselho de Segurança da ONU.

“Esse cenário é interessante porque propicia a possíbilidade da formação de uma coalizão com diversos países”, explica o Coronel Aviador Paulo Eduardo Vasconcellos, um dos coordenadores da CRUZEX V.  

“Além da presença inédita dos Estados Unidos e uma participação maior da Marinha e do Exército, também teremos maior envolvimento da aviação de asas rotativas (helicópteros) e de transporte no Exercício”, revela o Coronel Vasconcellos.

O cenário simulado envolve a invasão do país Amarelo pelo país Vermelho e a formação de uma força de coalizão, liderada pelo País Azul, para impor a paz na região. Todo o planejamento do exercício baseia-se nas regras da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e por isso o inglês é a língua oficial da CRUZEX.  

Quanto aos caças, os aviões das forças aéreas estrangeiras participantes da CRUZEX vão operar juntos com os avioes da FAB na força de coalizão. O País Vermelho, por sua vez, será defendido somente por aviões de caça da FAB, operando a partir da BAFZ.

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