Primeiro lançamento de uma catapulta electromagnética

Sistema começa a ser entregue em 2011 
Área Militar
 
Em Abril de 2009 vários analistas norte-americanos afirmaram que o sistema «EMALS» que permite o lançamento de aeronaves a partir de porta-aviões não estava suficientemente desenvolvido para estar pronto para instalação a bordo do primeiro porta-aviões da nova classe Gerald Ford.

No entanto, e contra as expectativas, foi anunciado nesta semana o primeiro lançamento de uma aeronave, utilizando uma catapulta electromagnética.


A aeronave lançada foi um F/A-18E «Super Hornet», que utilizou uma catapulta estacionária, instalada num centrou de testes em Lakehurst, na costa oeste dos Estados Unidos.


As aeronaves norte-americanas utilizam catapultas que são accionadas pelo vapor desde os anos 50. Este tipo de sistema de lançamento permite utilizar apenas uma pequena parcela da coberta de voo para lançar as aeronaves e dá a uma força naval uma capacidade de ataque e resposta muito maior.

Presentemente apenas a França possuiu um navio com esse tipo de sistema e o Brasil possui o outro, um ex porta-aviões francês do tipo Clemenceau.

Mas se os problemas técnicos que se colocavam inicialmente parecem ter sido resolvidos, dado o lançamento ter sido considerado um sucesso, o programa ainda não recebeu o OK definitivo por parte da marinha norte-americana.

O novo sistema é mais leve, ocupa menos espaço e é pelo menos tão potente quanto os sistemas convencionais, mas é aparentemente muito mais caro que um sistema tradicional movido a vapor.

Acredita-se que neste momento já não seria possível cancelar o desenvolvimento do sistema EMALS sem que isso provocasse demasiados prejuízos, pois o projecto do novo porta-aviões CVN-78 está já muito avançado para qualquer cancelamento, esperando-se a entrega dos primeiros componentes em 2011.

No entanto, os receios não foram completamente ultrapassados. Além dos problemas financeiros, ainda podem vir a ocorrer problemas com a integração deste sistema, que é absolutamente essencial para a operacionalidade de um porta-aviões.

Em caso de atraso, o sistema terá mesmo que ser instalado, mesmo que isso leve a um adiamento na entrega do porta-aviões. Caso o sistema não tenha sucesso, a marinha norte-americana tem planos para voltar a um sistema de propulsão convencional utilizando vapor nos navios seguintes.

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